Call of Duty: Modern Warfare 2 (Análise PS5)

Modern Warfare 2 (Análise PS5) – Call of Duty, um nome que em tempos dominou a indústria, e que para mim era a única opção no que tocava a FPS competitivo, mas que nos últimos tempos, tem perdido alguma da sua magia.

Dito isto, lembro-me de passar horas a jogar CoD na minha PS3, ficando completamente viciado no primeiro Modern Warfare, tentando de tudo para desbloquear as skins douradas para as minhas armas favoritas.

No entanto, mesmo depois da loucura de MW1, nenhum FPS me agarrou tanto como o MW2 (2009), com mapas mais competitivos, mecânicas de shooting mais refinadas, uma campanha incrível, e claro, multiplayer altamente viciante. Lembro-me também que desde aí nenhum, CoD conseguiu atingir o mesmo nível de qualidade, acabando por ser tornar um caso de copy-paste durante os próximos anos (incluindo o MW3 que foi, para mim, muito decepcionante).

Com lançamentos como o CoD Ghosts, parecia que este franchise nunca mais ia voltar a ser um dos reis do género FPS… Isto até ao lançamento do Modern Warfare (2019).

A decisão de fazer um reboot à trilogia MW foi a melhor que a Activision podia ter tomado, trazendo de volta tudo aquilo que outrora tornou este franchise num autêntico monstro no mundo dos videojogos.

Pois bem, aqui estamos agora com MW2, o reboot do meu FPS favorito, isto ao mesmo tempo que voltamos às minhas origens na Playstation (sim caro leitor, também gosto de jogar com comando).

Será que vai fazer justiça ao jogo em que se inspira? Vamos descobrir com esta análise.

Call of Duty: Modern Warfare 2 (Análise PS5)

Campanha

Como seria de esperar, a campanha de MW2, apesar de curta, é cheia de ação e cenas bombásticas.

No entanto posso dizer que é um passo atrás comparativamente aos melhores jogos da saga MW, tanto a nível de narrativa, como na consistência das missões. Senti que para cada missão ótima, existiu uma que era, sendo generoso, medíocre.

São 6 horas de campanha que envolvem conspirações internacionais, mísseis roubados e batalhas entre diversas forças especiais, cada uma com a sua própria agenda.

Multiplayer

Como deve imaginar, é neste modo que MW2 brilha!

Temos 12 modos de jogo e 11 mapas (16 se contarmos com os de Ground War) onde podemos jogar contra outras plataformas e gerações de consolas para garantir uma abundância e variedade de “alvos”! Não deve ter sido fácil encontrar uma forma de equilibrar rato/teclado vs comando, mas posso dizer que não me senti em desvantagem relativamente a quem jogava no PC (o aim assist está no ponto).

Felizmente MW2 para a PS5 está otimizado para ecrãs de 120hz (utilizando o setting de performance), isto faz toda a diferença na fluidez do jogo, especialmente porque consegue manter um framerate estável independentemente do nível da ação.

O comando DualSense também contribui bastante para o “realismo”, isto devido aos gatilhos adaptativos, o Haptic Feedback e o facto do som das armas sair pelo comando. É importante ao ponto de apesar de poder usar rato e teclado na PS5, por incrível que pareça, prefiro usar o comando.

Regressam os perks, com dois disponíveis desde início e mais dois que ficam ativos ao longo da partida, assim como os killstreaks (podemos escolher quais queremos) e o derradeiro MGB/Tactical Nuke para terminar a partida em estilo (só para os verdadeiros profissionais)

É de salientar também a variedade incrível de armas e modificações para as mesmas, existindo em média nove slots diferentes para modificar cada arma, assim como cinco ou mais peças (cada uma com os seus pros e cons) para cada um desses slots. Sendo assim possível adaptar cada arma ao nosso estilo de combate preferido.

O único elemento de que posso dizer não ser fã, é o método pelo qual desbloqueamos certas armas e equipamentos. Isto porque certas armas pertencem a uma cadeia onde temos de evoluir a anterior para desbloquear a seguinte.
Eu compreendo que a ideia seja forçar os jogadores a experimentar armas diferentes, no entanto eu sou apologista da liberdade de escolha, acho que as armas deveriam estar apenas associadas ao nosso rank geral (com os respetivos skins e modificações ligadas à utilização da arma em si).

Performance e Gráficos

Como disse em cima, MW2 porta-se lindamente tanto em singleplayer como em multiplayer, especialmente quando jogamos a 120hz. As vistas e cenários presentes na campanha mostram o carinho e atenção que os developers tiveram nos detalhes, aproveitando bem a capacidade da PS5.
É de salientar o detalhe das armas em específico.

Conclusão

Posso dizer então que MW2 é sem dúvida uma nova entrada gloriosa neste franchise! Com as mecânicas de disparo extremamente polidas, um multiplayer competitivo, cross-platform muito bem equilibrado e com uma performance impecável.

Apenas a campanha deixa algo a desejar, trata-se de seis horas que no seu pior são medíocres. No entanto, a meu ver, o verdadeiro valor dos CoDs está no multiplayer.
Posto isso, recomendo sem dúvida a qualquer fã de FPS competitivos!

Vemo-nos no campo de batalha, Gonçalo over and out.

  • Campanha 6/10
  • Multiplayer 9/10

Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Já jogou? É fã de CoD? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.

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Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.

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