Os telemóveis com ecrãs gigantes REINAM o mundo dos smartphones, tanto no ecossistema Android, como também no lado da Apple. Algo que caso não saiba, é muito por culpa da Samsung, que começou a tendência com os primeiros Galaxy Note. Uma fabricante, que pelos vistos, está pronta a repetir a brincadeira.
De forma bastante curiosa, até a própria Samsung se viu obrigada a unificar as suas gamas de aparelhos mais importantes, e mais populares do mundo Android, porque honestamente, os aparelhos Galaxy S tiveram de evoluir, para se tornar muito mais parecidos com aquilo que a gama Note oferecia, especialmente no exagero das funcionalidades, e claro, exagero do tamanho.
Mas isto levanta uma questão…
Ninguém quer aparelhos pequenos!? Sim, mas também não!
Ainda se lembra dos tempos áureos da Nokia, e da Motorola, em que ter um telemóvel pequeno, com bateria gigante, era o mote para todos ou quase todos? É incrível, mas tudo mudou.
Afinal de contas, apesar de ser um ecossistema cheio de fabricantes, todas elas diferentes, no lado Android, é cada vez mais raro ver smartphones pequenos, em qualquer que seja a gama de preços.
Mas não é só aqui que vemos este fenómeno a fazer das suas! Visto que até no lado da Apple, o esforço de lançar um iPhone pequeno, mas igualmente poderoso, apenas aguentou 2 anos… Caso não saiba, o iPhone mini vai desaparecer agora em 2022, já no próximo dia 7 de Setembro, com o lançamento da nova geração iPhone 14.
Mas isto faz sentido? Não existe espaço para smartphones “Pequenos”? É que o pequeno de antigamente já nada tem a ver com o pequeno de agora.
Qual é o tamanho que prefere no ecrã do seu smartphone?
Por alguma razão, apesar das muitas queixas e desejos de vários consumidores, os telemóveis “pequenos” estão mortos, ou pelo menos moribundos. Algo que faz pouco sentido, se formos analisar as coisas com olhos de ver. Afinal, as margens à volta do ecrã são hoje em dia mínimas, e por isso, as fabricantes têm vindo a conseguir aproveitar todos os milímetros disponíveis na parte da frente dos seus aparelhos móveis.
O único aparelho topo de gama de baixar proporções, lançado em 2022, foi nada mais nada menos que o ZenFone 9 da ASUS, um aparelho que nos impressionou, e bem, em vários aspetos. Um aparelho, que chega ao mercado com um ecrã de 5.9”, ou seja, quase a entrar no reino das 6 polegadas de espaço disponível.
Um smartphone que é um sucesso, e que tem conseguido esgotar em todas as regiões. Mas é um “outlier”! É um aparelho espetacular, que apesar de todas as suas potencialidades, se destaca principalmente pelo facto de estar sozinho no mercado. Não existe outro como ele.
Infelizmente, a ASUS é hoje em dia a única a apostar neste tipo de smartphone, especialmente depois do abandono da Sony. (Na verdade, a Sony ainda tem um bom aparelho compacto, na forma do Xperia 5 IV, mas… Não chega cá!)
Até a Apple decidiu deixar de apostar no seu mini, depois da percentagem de vendas do modelo ter sido quase irrisória, em ambos os anos de lançamentos, comparativamente aos restantes modelos. Os consumidores querem smartphones grandes, com ecrãs ENORMES! Por isso, é exatamente isso que a Apple vai oferecer, ao lançar um novo ‘Plus’.
Será que é necessário perceber qual é o tamanho ‘ótimo’? Para dar origem a um aparelho fácil de meter no bolso, mas ainda assim, suficientemente grande para passar como “phablet”?
Apesar dos falhanços da Apple, e aparente esforço solitário da ASUS, a verdade é que por vezes, temos alguns lançamentos interessantes, que tentam chegar a um meio termo. Como é o caso do Pixel 6A com o seu ecrã OLED de 6.1”, do Galaxy S22, também ele com um ecrã de 6.1”, ou até do S21 FE, que também oferecia um tamanho extremamente interessante de ecrã, perto das 6.4”.
A inflação do tamanho dos ecrãs tem de parar! Curiosamente, a Samsung já percebeu isso!
Caso ainda não tenha percebido, na verdade, a grande aposta da Samsung no mundo Mobile, nos dobráveis, não ser apenas para começar algo diferente, e assim dominar todo um novo submercado. Na verdade, serve apenas e só para começar uma nova tendência equiparável à gama Galaxy Note! Até a própria fabricante já admitiu isso.
Afinal, começa a ser um pouco impossível ultrapassar o atual tamanho máximo de ecrã, que já se encontra perigosamente perto das 7”, 6.8” no caso do S22 Ultra. Por isso, é preciso arranjar uma solução.
A solução está nos dobráveis Galaxy Z, onde, ao que tudo indica, vamos começar a ver mais modelos, em todas as gamas de preços, nos próximos tempos.
Em suma, tanto o Galaxy Z Flip, como o Galaxy Z Fold, servem como uma forma de oferecer ecrãs de grandes dimensões, num formato mais compacto. Ou seja, uma forma de oferecer ecrãs maiores, sem aumentar o tamanho físico dos aparelhos em si. Uma forma de tentar saciar a “fome” por ecrãs maiores no mundo mobile.
Uma missão bastante complicada, porque até aqui, a fome tem sido insaciável.
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