Digimon: A última evolução (2022): Pois bem, enquanto Ash Ketchum continua com 10 anos há várias décadas, no mundo de Pokémon, no mais recente filme de Digimon, os protagonistas aparecem na sua melhor forma de sempre, agora bem mais crescidos, quase a entrar na idade adulta.
Dito isto, imagina entrar num filme de Digimon, para acabar a sair lavado em lágrimas? Eu não imaginava, mas foi exatamente isso que me aconteceu! Vamos por partes?
(Mini-Análise) Digimon: A última evolução (2022)
Portanto, em termos visuais e de história, “Digimon Adventure: A última evolução Kizuna” não é de todo algo de especial, ao não utilizar uma fórmula muito diferente daquela que tantos outros filmes de anime utilizam nos seus projetos. Temos um novo “mau” aleatório, com novos poderes, e claro, um reunião de todas as personagens para o derrotar. À mistura, temos também duas novas evoluções extremamente interessantes, para os Digimons principais.
Mas… Existe uma grande diferença no meio de tudo isto! Temos um crescimento de todo o elenco, que agora é adolescente, ou já muito perto da idade adulta, e por isso mesmo, existem outro tipo de escolhas, e claro, consequências para cada decisão tomada.
No fundo, a mensagem do filme é simples, e quase sempre correta. A vida tem de andar para a frente, mesmo que isso signifique deixar aquilo que adoramos para trás. Infelizmente, nada espera por ninguém.
No entanto, enquanto vi ícones da minha infância a desaparecerem no ‘mundo digital’, com as ‘crianças escolhidas’ a tornarem-se demasiado velhas para a sua missão original. Tenho de discordar com uma das bases da premissa de todo o filme.
Ao fim ao cabo, o filme afirma que os Digimon escolhem crianças, pelo seu potencial, e que à medida que estas vão crescendo, e tomando escolhas, também os pequenos animais digitais crescem, e chegam a novos níveis de poder.
Contudo, e é aqui que fico lixado… O filme também afirma que ao atingir a idade adulta, este potencial deixa de existir, ou pelo menos, perde grande parte do seu poder neste mundo. Sendo por isso, que a ligação entre Humano e Digimon desaparece.
Isto resulta no quê? No desaparecimento do Digimon!
Além da tristeza de ver desaparecer ícones da minha infância, que a meu ver, são seres vivos, com alma e sentimentos, não concordo minimamente com a falta de potencial de um adulto. Quase que parece que o filme passa a mensagem que temos de deixar tudo para trás, só porque crescemos, o que não é, e espero eu, nunca seja verdade, para nenhum de vocês.
Afinal de contas, o público alvo deste filme, é o pessoal da minha idade (~30 anos)! Que cresceu a ver estes desenhos, e agora, foi à procura de uma dose grande de nostalgia. Muito resumidamente, se fui ver este filme, é porque pelo menos uma parte do Nuno pequenino e desdentado ainda existe, no fundo deste 1m90 e 95kg.
Ainda assim, apesar de não concordar com a premissa, tenho de salientar que é um bom filme. Um filme animado, que me faça chorar, tem de ser sempre um bom filme. Vá ver! Estreia amanhã.
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