A Netflix está obviamente a passar por um momento de incerteza, depois de perder parte dos muitos subscritores que ganhou durante os 2 anos de pandemia provocada pelo afamado COVID-19. Algo absolutamente normal, e que na opinião de muito boa gente, não é razão para pânicos, ou meltdown na bolsa de valores. Afinal de contas, num regresso à normalidade, e com tanta coisa para fazer fora de casa, mesmo que continue em teletrabalho, quem é que tem tempo para ver Netflix todos os dias, a toda a hora?
Ainda assim, é sempre importante salientar que a Netflix apresentou a sua primeira grande perda desde o lançamento da plataforma, no primeiro trimestre deste ano, e claro, voltou a resultar numa nova perda, de mais ou menos um milhão de subscritores, nos resultados do segundo trimestre de 2022. (Curiosamente, a segunda perda é bastante abaixo da esperada pelos analistas. Boas notícias para a Netflix?)
Pois bem, apesar do grau de normalidade, tudo isto está a dar origem a uma mudança de estratégia por parte da empresa, que além de um novo pacote de subscrição mais barato (com anúncios), também resultou numa autêntica caça a quem partilha a conta com amigos ou familiares.
Ainda assim, apesar de em alguns pontos críticos, as decisões da Netflix parecerem um regresso ao passado. Mais concretamente à altura em que a TV ‘normal’ dominava o mund multimédia, como é o exemplo do recente foco na introdução dos anúncios publicitários em pelo menos um dos planos de subscrição pagos.
Ao que tudo indica, a gigante do Streaming parece continuar a acreditar que o tempo da TV está a chegar ao fim. Será?
Netflix vai ‘matar’ a TV? Ou vai ficar ‘morrer’ enquanto volta ao passado?
Portanto, ao que tudo indica, a Netflix quer continuar a ser uma das grandes responsáveis pela ‘morte’ da TV convencional. Com o CEO da empresa a afirmar que não acredita que o mundo da TV, como ele existe agora, dure mais de 5~10 anos. Porquê esta forma de pensar?
Bem, enquanto no passado, a Netflix, e ademais plataformas, eram as grandes rivais da TV Tradicional, ao oferecer conteúdo realmente personalizado, e disponível no imediato, a preços apelativos. A verdade é que agora vemos um pouco o inverso desta situação. Afinal, com o aumento do preço das subscrições, e divisão de muito do conteúdo mais popular por cada vez mais plataformas diferentes, a TV é agora a solução para muitos utilizadores menos endinheirados.
Afinal de contas, com a TV Normal, estamos a falar de acesso a imenso conteúdo, de forma completamente gratuita! Isto, através de uma simples antena, ou claro, uma ligação à Internet.
Será que o objetivo da Netflix tem pernas para andar? A TV vai mesmo desaparecer?
Sou sincero, hoje em dia, vejo pouco ou nenhuma TV. Só ligo o televisor para ver algumas das minhas séries favoritas, muitas delas cada vez mais desapontantes, como foi o caso de de Resident Evil (A série) e Umbrella Academy, ambas na Netflix, ver um jogo de futebol das minhas equipas favoritas, ou ver as notícias à hora da refeição. Na verdade, neste momento passo mais tempo a ver, ou a ler, no computador ou no smartphone, do que a olhar para a TV. Serei o único a ligar cada vez menos à TV propriamente dita, ou aos muitos e chatos serviços de streaming?
Como dissemos em cima, ver TV é gratuito! Por isso, com os aumentos de preços, que parecem teimar em não desaparecer, o paradigma pode voltar a mudar. Afinal, se tiver antena, nem precisa de uma ligação à Internet, para ter acesso a uma mão cheia de canais, que pode utilizar para fazer zapping, ou simplesmente para ter algum barulho de fundo enquanto faz alguma coisa.
Além de tudo isto, a TV tradicional continua a evoluir, a um ritmo lento é certo, mas constante, de forma a tentar responder às necessidades dos consumidores, como é a exigência na resolução, qualidade de imagem, suporte a HDR, etc… Além disso, muitas das séries que tem saltado de plataforma, como é o caso de Seinfeld, The Office, Supernatural, etc… Estão todas disponíveis na TV, nos mais variados canais gratuitos.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Acha que a TV vai desaparecer para dar lugar aos serviços de streaming? Vai acontecer o oposto, ou vamos chegar a um ponto de equilíbrio? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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