Caso ainda não tenha percebido, a recentemente lançada Steam Deck da Valve está a dar que falar, e claro, está a mudar a forma como o mercado de consolas portáteis tem vindo a funcionar até aqui.
Afinal, basta estar um pouco atento, ou fazer uma leve pesquisa no Google, para perceber a quantidade de consolas portáteis, muito similares à da Valve, que estão a chegar às prateleiras, pelas mãos das mais variadas fabricantes! Algumas, com especificações técnicas mais interessantes, e por isso mesmo, com um potencial tremendo para oferecer uma experiência de PC, “on the move”.
Contudo, apesar do potencial de todas estas consolas, a Valve tem uma grande vantagem no seu SteamOS. Qual? Estamos a falar de uma mão cheia de otimizações, que apenas funcionam na Steam Deck. Até existe a possibilidade de download de game shaders pré-compilados, para facilitar o processamento de vários tipos de jogos.
Mas sabe o que vai acontecer? É muito provável que a Valve ofereça estas otimizações às novas rivais! Sabe porquê?
Valve vai ajudar outras consolas portáteis! (Por enquanto…)
Portanto, como já deve ter percebido, se porventura fez a tal pesquisa no Google, o que não falta agora no mercado são consolas portáteis! Quase todas elas com um design muito similar ao da Steam Deck, e claro, todas elas baseadas em APUs AMD Ryzen extremamente parecidos ao da própria consola da Valve.
Qual é a resposta da Valve a todo este esforço? Matar o ecossistema? Nada disso!
A Valve está a dar a mão às rivais, de forma a fomentar uma maior adoção por parte do público. Porquê? Porque só tem a ganhar com isso!
Mais concretamente, chegaram agora algumas notícias a público, de que a Valve contactou a GPD, para levar o Steam OS (Sistema Operativo da Steam Deck) para a nova consola Win Max 2 da empresa. O que por sua vez, até pode fazer com que a Win Max 2 seja uma consola mais poderosa, e por isso mesmo, mais apetecível que a própria Steam Deck.
Afinal de contas, enquanto a Steam Deck conta com um APU AMD com 4 núcleos e 8 threads baseado na arquietetura Zen 2, a GPD Win Max 2 já tem um APU AMD com os mesmos 4 núcleos e 8 threads, mas baseados na mais avançada arquitetura Zen 3+. Além disto, no campo da placa gráfica, a segundo consola conta com mais 4 núcleos RDNA 2, num total de 12 unidades de computação.
Contudo, a consola da GPD, além de virtualmente mais poderosa, é também significativamente mais cara. Mais concretamente, custa mais do dobro.
O que tem a Valve a ganhar com isto?
É muito simples, a Valve é a referência neste mercado, e como deve imaginar, pode facilmente lançar uma sucessora à atual Steam Deck, com hardware tão ou mais poderoso, comparativamente às novas rivais.
Um ecossistema mais conhecido, e com mais jogadores, vai sempre resultar em mais jogadores no lado da Valve. Afinal de contas, estamos a falar de um formato de consola que até aqui, nunca existiu. Além disso, a Steam é também a plataforma rainha do mundo do PC Gaming. Por isso, mesmo que noutras consolas, a Steam vai estar sempre envolvida com o jogador, seja através do Windows 11, ou do seu próprio Steam OS.
Em suma, por enquanto, o importante é meter mais consolas nas prateleiras, e chamar mais jogadores para este barco! Depois? Logo se vê? A Valve tem a faca e o queijo na mão.
Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!