A memória RAM pode ter os dias contados

Hoje em dia, é obviamente importante ter uma quantidade de memória suficiente, em qualquer que seja o dispositivo que precisa em dado momento. Ou seja, precisa de uma boa quantidade de memória no seu smartphone, no seu smartwatch, na sua TV, e claro, até na sua placa gráfica, de forma a ter a performance que realmente deseja.

Mas a maneira como a memória RAM é implementada, e posteriormente utilizada, pode estar prestes a mudar no mundo da computação. Isto, da mesma forma que as nossas necessidades passam a ser menos físicas, e passam a ser mais virtuais. Ou seja, em que deixamos de ter a obrigatoriedade de ter aparelhos extremamente poderoso na nossa mão, e passamos a olhar mais para a cloud como alternativa viável.

É uma inevitabilidade, e por isso mesmo, as gigantes do mundo do streaming já começaram a olhar com olhos gulosos, para outras soluções mais eficientes, e claro, mais baratas.

Neste caso, estamos a falar da memória CLX. Vamos por partes?

A memória RAM pode ter os dias contados

Portanto, como deve saber, a Microsoft, Google, Amazon, e até outras gigantes como a Sony, têm um número inacreditável de servidores, a postos para alugarem uma ‘parte’ do seu poder computacional. Seja para streaming de jogos, ou para a criação de máquinas virtuais especializadas.

De forma mais concreta, estamos a falar de instâncias, que são alugadas à hora. Instâncias que são limitadas pelo CPU, e claro, pela configuração de memória da máquina. Ou seja, se porventura quiser apenas um núcleo do CPU, vai ter direito a 8GB de RAM, mas se quiser saltar para o dois núcleos, também terá de saltar para os 16GB de memória RAM, mesmo que não precise.

Pois bem, é aqui que entra a memória CLX!

Esta nova memória serve como uma solução para o mundo dos servidores, que vê muitas das suas instâncias a terem um uso ineficiente. O que por sua vez, acaba por afetar muito do potencial lucro do projeto.

Afinal de contas, no caso da maior plataforma cloud do planeta (Microsoft Azure), 50% de todas as instâncias (Máquinas Virtuais), não tocam sequer em metade da sua memória RAM. Ou seja, a Microsoft tem metade da sua memória alugada, sem qualquer uso por parte do utilizador. Tudo derivado dos limites de como tudo funciona neste tipo de sistema.

O que vai a memória CLX mudar? (Compute Express Link)

Estamos basicamente a falar de um protocolo que permite a desagregação da memória, face aos núcleos de CPU utilizados em cada instância. Assim, cada máquina vai ter acesso à quantidade de memória que o cliente realmente quiser, ficando a restante disponível para outro tipo de utilização.

Dito tudo isto, segundo a Microsoft, a desagregação da memória face aos núcleos de CPU utilizados, vai permitir uma redução de 10% na utilização de memória, o que por sua vez, vai resultar num aumento de eficiência extremamente significativo face aos custos de manutenção poupados.

No entanto, a performance não é exatamente a mesma!

A memória CLX não funciona da mesma exata maneira, por isso, a sua performance não vai ser exatamente igual. Dito isto, segundo os testes da Microsoft, apenas 20% das aplicações mais utilizadas não sofreram decréscimos no campo da performance. Posteriormente, temos aplicações que sofrem quedas à volta dos 5%, enquanto outras chegam até aos 30% de decrésimo na performance.

Contudo, esta é apenas a primeira geração de memória CLX a apresentar um potencial suficientemente bom para implementação no mundo dos servidores. Os resultados podem vir a melhorar num futuro próximo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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