(Fotografia) Topo de Gama Velho vs Gama Média Novo

Normalmente, quando compra um smartphone topo de gama, faz o investimento a pensar que este vai durar uns quantos anos, com um nível de performance pelo menos aceitável Mas de quantos anos estamos nós a falar? Será que faz mesmo sentido comprar um smartphone de gama alta, quando temos uma gama média tão forte?

Mais concretamente, será que em 2022, um smartphone de gama média, que anda entre os 200€ e os 400€, já humilha um topo de gama com quase 5 anos em cima? Especialmente no campo da fotografia?

Pois bem, para responder a esta questão, decidimos pegar num Samsung Galaxy Note 8 de 2017, e claro, num Xiaomi Redmi Note 11 Pro de 2022, para os meter frente a frente, num desafio de fotografia onde queremos analisar a captura de detalhe, de cor, e comportamento nos mais variados ambientes de luz.

Estamos a falar de 4~5 anos a separar estes dois aparelhos, mas será que essa diferença se nota, onde realmente interessa?

(Fotografia) Topo de gama antigo vs Gama Média novo. Quem ganha?

Primeiramente, vamos às especificações, para termos real noção daquilo que mudou. Afinal de contas, a captura de foto não depende apenas da qualidade de cada sensor, ou de quantos existem na traseira do smartphone. Também depende bastante da qualidade de construção do aparelho (como o vidro utilizado para as lentes), e claro, do processador que irá tratar do algoritmo de tratamento de imagem.

Curiosamente, logo aqui, é fácil notar que apesar do facto de o Note 8 apenas contar com dois sensores no seu módulo traseiro, ambos são de qualidade inegável, ao contarem com estabilização ótica de imagem mecânica (OIS). Curiosamente, no Note 11 Pro da Xiaomi, nenhum dos 4 sensores tem OIS.

O velhote

Samsung Galaxy Note 8 (Agosto de 2017)

  • Processador: Exynos 8895
  • Ecrã: Super AMOLED 6.3” 1440 x 2960, HDR10 (521 opi)
  • RAM: 6GB RAM
  • Armazenamento: 64GB ~256GB
  • Câmeras: 
    • 12 MP, f/1.7, 26mm (wide), 1/2.55″, 1.4µm, dual pixel PDAF, OIS
    • 12 MP, f/2.4, 52mm (telefoto), 1/3.6″, 1.0µm, AF, OIS, 2x zoom ótico

O jovem

Xiaomi Redmi Note 11 Pro (Janeiro de 2022)

  • Processador: MediaTek Helio G96
  • Ecrã: Super AMOLED 6.67”, 120Hz, 1200 nits de pico, 1080 x 2400 (395ppi)
  • RAM: 6GB ~8GB
  • Armazenamento: 64GB ~ 128 GB
  • Câmeras:
    • 108 MP, f/1.9, 26mm (wide), 1/1.52″, 0.7µm, PDAF
    • 8 MP, f/2.2, 118˚ (ultrawide)
    • 2 MP, f/2.4, (macro)
    • 2 MP, f/2.4, (profundidade)

1. Detalhe e Cores

Nota do Redator: Lado esquerdo é sempre o Galaxy Note 8, o Lado direito é sempre o Redmi Note 11 Pro)

Acredito sinceramente que nesta primeira foto, existam leitores a escolher a imagem do lado direito, por parecer mais viva. Mas a verdade, é que as cores que o Xiaomi tenta demonstrar, não existem. Está a existir uma saturação exagerada, bem como uma perda de detalhe muito significativa.

Se aproximarmos ambas as imagens, no lado esquerdo, do Note 8, é possível ver as pétalas, bem como os seus veios. Entretanto, na imagem do Redmi, tudo está um bocado desfocado e sem detalhe.

Primeira foto, e o Galaxy Note 8 demonstra logo o porquê de ter sido um dos smartphones do ano, na altura.

2. Foco no detalhe

Nesta imagem, tentámos capturar todo o detalhe de um tronco do parque da zona. Dito isto, existe um óbvio desfoque no limiar de ambas as fotos. Contudo, enquanto o Note 8 consegue capturas as cores reais, e mais detalhe, o Redmi Note 11 Pro faz um desfoque circular, muito habitual nos sensores de 108MP (que por acaso, até é de produção Samsung!).

Mais uma vitória para o velhinho.

3. Bokeh

À primeira vista, a imagem capturada pelo Redmi, até parece estar um pouco superior. Mas assim que começamos a fazer zoom, à procura dos detalhes e erros do processamento de desfoque, a coisa muda rapidamente de figura.

Se reparar, além da retenção do detalhe do banco, roda, e mola, o segundo parafuso debaixo do banco, na foto do Redmi, chegou ao ponto de ganhar uma nova textura, que claro, não existe na realidade.

4. Detalhes escondidos/Processamento agressivo

Novamente, à primeira vista, o Redmi parece levar a vantagem, com uma foto mais viva, e com mais cor. No entanto, quando começamos a fazer zoom à procura de detalhes, o caso volta a mudar de figura.

Aqui, no zoom à clínica de medicina dentária, é possível notar… Bem… Que é uma clínica, porque essa palavra é legível, ou pelo menos mais legível, no lado esquerdo. Também se nota a presença de menos grão, na foto do lado esquerdo.

No segundo exemplo, se olhar para a cabeça do senhor de t-shirt branca, no lado direito, vai reparar que o processamento de imagem da Xiaomi fez com que a cabeça se misturasse com o pilar cinzento. Além disto, é também notória a presença de mais grão e ruído.

O mesmo acontece com a figura do Gogeta de DB GT, em condições de iluminação menos favoráveis. O Xiaomi, à primeira vista, até parece ter capturado uma boa imagem. Mas quando começamos a olhar para os detalhes, como o cabelo, e os olhos, é fácil de perceber que existe mais detalhe no lado do Note 8.

5. Cor e Luz

Uma coisa que este Xiaomi parece fazer, em todas as fotos, é mesmo uma sobressaturação de tudo o que apanha, sempre com um exagero da luz. Isto é facilmente notado no pequeno riacho da foto em cima. Isto, além de capturar cores que não existem na realidade, faz com que exista uma perda de detalhe significativa nas ervas, e também nas pedras circundantes.

Conclusão – Topo de Gama Antigo vs Gama Média Novo

No geral, o Galaxy Note 8 fez um brilharete. Mas esta comparação não conta toda a história. O Redmi Note 11 Pro chega ao mercado com um módulo equipado com 4 sensores, o que claro está, faz com que seja mais capaz de se adaptar às mais variadas situações.

Por exemplo, no Note 8 da Samsung, não temos uma lente de ângulo super wide angle, enquanto no Xiaomi já existe. Similarmente, no velho Note, também não existe um modo Noturno, enquanto no Xiaomi este já existe.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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