(Análise) Sony LinkBuds: Um novo formato, para uma nova era?

(Análise) Sony LinkBuds: Quase se fala de som, o nome da Sony tem de vir sempre para cima da mesa, especialmente quando estamos a falar do mercado de consumo, e do mundo mobile. Dito isto, em 2022, a Sony decidiu experimentar uma nova fórmula… Um design completamente novo, com o potencial de mudar completamente a forma como olhamos para uns típicos earbuds.

Será que conseguiu? Vamos tentar perceber.

(Análise) Sony LinkBuds: Um novo formato, para uma nova era?

Portanto, odeia a atual gama de earbuds, das mais variadas marcas, que o obriga a enfiar uma ‘cena’ de borracha, no seu canal auditivo, de forma a conseguir correr/treinar, ou andar na rua, sem perder os ditos cujos, ao mesmo tempo que aproveita alguma forma de cancelamento de ruído ativo, para se tentar desligar do que se passa à sua volta? Pois bem, a Sony tem a resposta para as suas preces!

É que os novos LinkBuds, prometem oferecer toda a qualidade de áudio de que a Sony é capaz de atingir, sem ter de ‘violar’ os seus ouvidos.

Aliás, se for mesmo um fã de música, pode andar com estes LinkBuds o dia todo, nos seus ouvidos, não perder pitada do que se passa à sua volta, e simplesmente ligar/desligar a música, ou fazer/atender chamadas quando bem entender. Mas será que isto resulta?

Design e Aspeto

Em termos de aspeto, temos um produto muito interessante, disponível em cinzento ou preto, sempre baseado em plásticos rijos reciclados, o que por sua vez, parece mostrar o esforço da Sony para ajudar o ambiente. (Toda a embalagem é baseada em papel, também ele reciclado, com um mínimo de plásticos).

Mas vamos ao que interessa, o design base do produto, que é basicamente o que o distingue de tudo aquilo que podemos encontrar no mercado.

Como já deve ter percebido, isto não tem nada a ver com o que pode encontrar nas prateleiras, naquilo que parece uma alternativa muito parecida, no elemento ‘inovação’, aos Samsung Live Buds, os populares feijões, que apesar de impressionarem na altura, parecem ter falhado no mercado.

Mas, ao contrário dos feijões, a ideia aqui é ter algo mais aberto, mais confortável, que pelo menos para si, passe mais despercebido. Afinal, em vez de enfiar algo no ouvido, temos uma espécie de donut, que fica apenas encostado ao seu canal auditivo, utilizando uma borracha (que pode ser trocada, para o tamanho mais indicado para si, com 5 pares disponíveis na caixa), na parte de cima, para um melhor suporte.

Isto significa o quê? Bem, pode depender de pessoa para pessoa, mas não vai ter a mesma segurança de colocação, que talvez tenha num par de earbuds tradicionais. Pessoalmente, tentei várias borrachas, e no ginásio, era sempre engraçado ver um dos LinkBuds a voar rumo ao desconhecido, enquanto saltava à corda. Também reparei, que ao mínimo de suor, temos uma das borrachas a escorregar, e mais uma vez, os LinkBuds no chão.

Obvio que falar de ginásio, especialmente saltar à corda, é um dos exemplos mais agressivos possíveis e imaginários. A situação não é bem a mesma no dia-a-dia, enquanto caminha na rua. Mas, ainda assim, é uma boa forma de perceber, que para situações mais exigentes, talvez seja boa ideia optar por um outro produto.

Experiência de utilização.

Já que falei do dia-a-dia, vamos falar da experiência de som. Os LinkBuds oferecem uma qualidade de som, que na minha opinião, é exatamente aquilo que várias marcas tentam oferecer com um design mais tradicional. O facto de termos um orifício em cada um dos buds, faz com que o som se sinta mais natural, mais real, e mais vivo.

No entanto, como já deve ter percebido, não tem acesso ao sempre desejável cancelamento de ruído ativo com estes meninos, algo que senti na pele, enquanto tentava trabalhar com o meu sobrinho a brincar na sala de estar. O puto não se calou um único segundo, e claro, eu ouvi tudo.

Ou seja, qualidade de som não falta, mas não é um produto indicado caso queira desligar-se de tudo o que o rodeia. Por exemplo, se quiser ouvir música no trabalho, mas quer permanecer disponível para quem está à sua volta, são muito interessantes. Mas se quiser entrar no seu próprio mundo, e esquecer que tem colegas de trabalho… São menos bons.

Os controlos são muito bons!

Odeia ter de tocar nos fones, para meter pausa, ou mudar de música? Agora vai… Tocar na sua própria pele. Sim, o sistema de controlo é diferente de tudo aquilo que conhece. Apenas tem de tocar na pele imediatamente à frente dos LinkBuds, com os toques que definir na app. (Por exemplo: 1 toque para pausa, 2 toques para mudar de música.)

Carregamento e Autonomia

Em termos da sempre importante bateria, temos mais ou menos 5 horas de autonomia em cada carga, com mais 12 horas na caixa. É o suficiente, mas gostava de ver um pouco mais de sumo na caixa de transporte. Dito isto, o carregamento é feito apenas a partir de um cabo USB-C, infelizmente, o carregamento sem fios ficou de fora.

Quanto à resistência, temos certificação IPX4, ou seja, resistência a suor e pouco mais.

Conclusão

Gostei da ideia, mas ainda há muito a melhorar, especialmente pelo preço que a Sony pede (~180€). O som é de qualidade inegável, mas o bass podia ser melhor. O volume é bom, mas apenas quando conseguimos um encaixe perfeito. O design é interessante, mas também há espaço para melhorar, especialmente na forma como os buds ficam fixo.

Em suma, um produto interessante, que pode ser, no imediato, a melhor coisa de sempre para alguns consumidores, mas que tem de evoluir para fazer um sucesso real no mundo do áudio mobile.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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