Ainda se lembra de ter uma ou duas baterias sobresselentes para o seu telemĂłvel? Ou trocar de bateria, quando o seu aparelho do dia-a-dia começava a mostrar sinais de ter uma fraca autonomia, ou de estar ‘viciado’? Belos tempos nĂŁo eram? Hoje em dia, Ă© praticamente impossĂvel ver um telemĂłvel, no mercado, com esta modularidade.
Bateria pifou? Dura menos do que no ano passado? Fácil, troca de telemĂłvel! O que claro está, num mundo cada vez mais ‘verde’, e cada vez mais assente na longevidade e reaproveitamento de materiais, faz pouco sentido. Afinal de contas, em vez de trocarmos de bateria, vamos trocar de telemĂłvel, com o velho a ficar numa gaveta, ou, eventualmente, a acabar numa lixeira qualquer.
Pois bem, existem agora alguns movimentos para fazer regressar a bateria removĂvel? Será que vai dar alguma coisa? Tenho as minhas dĂşvidas, mas vamos analisar.
Baterias RemovĂveis: Podem estar de volta aos smartphones
Portanto, hoje em dia, as fabricantes usam várias desculpas para nos fazer esquecer da existĂŞncia da possibilidade de troca da bateria. (Algo tĂŁo comum num passado ainda muito recente!) Especialmente quando se fala da qualidade de construção do aparelho, com o grande aumento dos designs ‘fechados’, baseados em alumĂnio e vidro, o que por sua vez tambĂ©m promove as certificações de resistĂŞncia a água e pĂł, visto ser possĂvel selar tudo de forma mais eficiente.
Mas, nos dias que correm, parece que a UniĂŁo Europeia quer aparelhos mais fáceis de reparar (em qualquer lado), e acima de tudo, mais duráveis. Tudo de forma a reduzir o consumo, poluição e emissões de gases tĂłxicos. A “lenga-lenga” do vidro, alumĂnio, e resistĂŞncias já nĂŁo pega.
Assim, para começar com esta estratégia, já temos armas apontadas à sempre famosa bateria. Como?
Bem, a comissĂŁo europeia de 2020 elaborou um relatĂłrio, com uma sĂ©rie de orientações e regulamentações sobre o uso de baterias em dispositivos eletrĂłnicos. Este ‘paper’ fala de todos os pontos do ciclo de vida de uma bateria, desde ao desenvolvimento Ă sua reciclagem. Onde claro está, existe uma diretriz extremamente interessante, que parece dar uma grande importância a um novo sistema de troca de bateria, em smartphones, tablets, e outros aparelhos eletrĂ´nicos.
Primeiramente, um dos grandes objetivos Ă© mesmo “anular” o que se faz hoje em dia. Que passa pela obrigação de ir a um agente autorizado da marca, para trocar este componente essencial. Ou seja, fazer com que arranjar um aparelho eletrĂ´nico seja mais parecido a arranjar um carro. Ao permitir que possa ir a uma qualquer “oficina”, e continuar sem problemas de maior com a fabricante original do seu produto.
Mas numa fase mais avançada, pode ser atĂ© possĂvel que a venda de aparelhos com baterias integradas seja completamente proibida. Com as fabricantes, como a Apple ou a Samsung, a serem obrigadas a disponibilizar baterias novas, iguais Ă s originais, para venda aberta, durante pelo menos 10 anos (para cada modelo).
Entretanto, sinceramente, nĂŁo acredito que nada disto vá para a frente. Visto que o parlamento ainda vai ter de lidar com o Conselho Europeu, que atĂ© aqui, nĂŁo tem mostrado grande abertura a vários pontos chaves do relatĂłrio. Mas hey… Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opiniĂŁo nos comentários em baixo.
Receba as notĂcias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!