Caro leitor, tenho neste momento 30 anos, como tal, uma das minhas primeiras consolas foi a velhinha (como eu) PlayStation 1, e claro, um dos meus primeiros jogos, foi o primeiríssimo Gran Turismo.
Para mim, esta é uma das sagas de jogos mais icónicas do mundo Sony PlayStation, sendo também um dos títulos que mais tem evoluído à medida que mais e mais jogos são lançados. Um jogo que nunca perdeu a sua identidade, ao preferir construir em cima de uma base estável, e na verdade, bem amada pela base de jogadores, conseguindo assim conciliar nostalgia, com inovações quase sempre muito interessantes.
Assim, Gran Turismo 7 é uma inegável imagem de marca, que se apresenta agora na sua melhor forma de sempre na PlayStation 5 (e PS4), ao mesmo tempo que também traz baldes cheios de nostalgia.
Gran Turismo 7: Pronto para abraçar o regresso da magia?
Portanto, antes de mais nada, tenho de dizer que existem mesmo vários momentos em Gran Turismo 7, em que temos o aparecimento da clássica lágrima no canto do olho.
Imaginei-me à frente da minha TV super pequena, curiosamente da Sony, em 1997, a jogar o primeiro jogo da saga, numa altura, em que verdade seja dita, não percebia patavina de inglês. Mas se há coisa que não me esqueci, foi daquele Honda Civic, e claro, do Mitsubishi GTO que tanto me safaram na altura.
Contudo, GT7 não vive apenas e só de nostalgia, ao apresentar várias melhorias relativamente aos títulos do passado, bem como gráficos que merecem bem o título ‘next-gen’. Mas vamos ao que interessa!
Gran Turismo 7: Como é a experiência de jogo?
Na minha opinião, Gran Turismo 7 é o jogo mais simples de sempre, de se entrar no espírito da saga, muito graças ao ‘Café’, em que o dono está constantemente a dar-nos novos objetivos e desafios, para completarmos a nossa coleção de carros, e claro, progredirmos como condutores. (Temos o regresso das ‘licenças’ de condução!)
Temos aqui uma excelente maneira de ensinar os novos jogadores, ao mesmo tempo que se mantém os velhos toques dos anteriores títulos GT. Afinal de contas, sempre que completamos um desafio, temos acesso a uma explicação de como vários carros foram criados, como chegaram ao mercado, e claro, com que propósito.
No entanto, GT7 também traz algumas coisas negativas. Como é a possibilidade de comprar dinheiro ‘in-game’ com dinheiro real, e claro, a roleta russa que é o sistema de loot box, através de uma espécie de raspadinha que vamos ganhando ao longo dos desafios.
Nunca vou ser fã destes sistemas, apesar do facto de perceber que só gasta dinheiro quem quer.
Dito isto, nem tudo é mau, o sistema de ‘raspadinhas’ também nos abre a porta a veículos muito acima daquilo que normalmente seriamos capaz de comprar, logo no início da aventura, sem ser necessário gastar qualquer tipo de dinheiro. Isto apesar de ser extremamente irritante, ver a luzinha a parar em cima de 3 ou 4 moedas, em vez de ficar em cima do Tesla que estava mesmo ali ao lado.
Entretanto, como é óbvio, continua a ser possível ‘kitar’ os nossos carros até ao tutano.
Quer tenha um Mini Cooper S de 1965, ou um Golf R, pode modificar tudo, ou quase tudo, para meter o carro bem ao seu estilo, e assim humilhar os seus opositores nos mais variados desafios. Como tem sido hábito, até pode criar um estilo seu no editor incluído.
Infelizmente, a garagem de Gran Turismo 7 peca por ter poucos carros, especialmente quando queremos olhar para os modelos mais recentes do mercado. Parece que na grande maioria das marcas, as coisas só vão até 2017, e a oferta nem é assim tão rica quanto isso.
Mas isto pode ser corrigido através de atualizações.
Jogabilidade
Gran Turismo é um simulador de corrida, como tal, temos de dar muito peso à condução propriamente dita. Pois bem, este é um dos grandes positivos da grande aposta da Sony PlayStation. Todos os carros são diferentes, os upgrades que faz a cada carro sentem-se imediatamente em pista, e minha nossa senhora… Conduzir em condições de chuva, com pneus Desportivos Suaves, é uma bela aventura!
Em suma, temos aqui uma grande melhoria, especialmente relativamente a GT Sport. Especialmente porque é possível ter uma experiência de condução brutal, tanto com o DualSense, como com um volante especializado para o efeito.
Por falar na condução, Gran Turismo 7 também abre a porta a todo o tipo de jogador. Quer seja um entusiasta, ou um completo nabo, vai sentir-se em casa a jogar o novo exclusivo da Sony.
Ao fim ao cabo, temos a possibilidade de ter travagem automática, temos a ‘racing line’ para termos noção de como deve conduzir em modo de corrida, e tamos também aviso da área de travagem. São ferramentas muito curiosas se não for o melhor jogador do mundo, que lhe irão ajudar a ganhar skill, muito rapidamente, se quiser aventurar-se no online.
DualSense
Como é óbvio, na PlayStation 5, temos acesso aos tradicionais adaptive triggers e haptic feedback. Na minha opinião, ambos bem implementados, apesar de algum exagero na vibração, em alguns casos.
É fácil sentir as curvas, e é ainda mais fácil sentir quando perdemos o controlo do carro! (ahah)
Os gráficos
Como é óbvio, Gran Turismo 7 é uma das grandes bandeiras da Sony para a sua PlayStation 5. Dito isto, quando entramos no jogo pela primeira vez, temos logo acesso a dois modos, o modo de Performance e o modo Ray-Tracing. (Pode trocar em qualquer altura)
Como é óbvio, o modo de performance foca-se mais na fluidez do jogo, que para mim é mais importante, enquanto o modo ray-tracing se foca em trazer o nível gráfico a um nível realmente ‘next-gen’. Pessoalmente, jogo quase sempre em modo Performance.
A nível gráfico, é incrível ver os efeitos de luz, tanto na pista, como no carro. Especialmente quando temos algumas corridas noturnas, capazes de dar uma nova vida aos circuitos. É também brutal ver a atenção ao detalhe, em quase todos os campos, como a nossa equipa das pit boxes a festejar as vitórias na última volta, ou também a evolução dos carros dos nossos oponentes, à medida que vamos avançando no jogo.
Banda Sonora
Por vezes fantástica, outras completamente ‘meh’. Não me aqueceu nem arrefeceu.
Conclusão
Na minha opinião, um jogo obrigatório se tiver uma PlayStation 5. Não há mesmo volta a dar. É uma mistura do clássico, com o novo, capaz de conquistar qualquer amante automóvel.
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