Tudo poderia ser bem mais fácil se o mundo não estivesse rodeado de pessoas com más intenções e que em segundos podem virar a vida de alguém do avesso. No entanto é o que temos e é com isso que temos de aprender a viver. É que os perigos estão mesmo em todo o lado e uma atitude inocente da nossa parte como a simples partilha de fotos nas redes sociais pode levar a que os nossos filhos passem a estar em milhões de sites na Internet.
Atenção! Não publique MESMO fotos dos seus filhos na Internet!
O alerta parte da página Cibercrime e Prova Digital e explica porque motivo não se deve publicar fotos dos miúdos na Internet. Mas na realidade há muito mais questões associadas a isto. A página refere-se em concreto a uma notícia do JN sobre um pai que publicou fotos da filha num site para adultos. No entanto, embora tenha sido uma decisão horrível acabou por ser consciente. Acaba por ser um pouco diferente do perigo real e do que se anda a passar a nível global.
Os alvos são sobretudo crianças entre os 6 e os 14 anos de idade e aquilo que os utilizadores mal intencionados andam atrás é sobretudo das caras das crianças. Claro que se puderem ter fotografias mais reveladoras melhor ainda. Mas as caras é o que interessa para esta acção. Mas como é que tudo se processa?
Em qualquer rede social havemos de ter aqueles amigos que na realidade não sabemos quem são.
Estão lá porque aceitámos num belo dia de chuva e porque até pareceu simpático(a). Seja como for, um perfil pode esconder grandes perigos. Ora tudo o que publicamos está ao alcance dessas pessoas. Mas não é necessário que sejam nossos amigos. Basta não termos tido cuidado nas definições de privacidade ou então alguém ter partilhado a nossa foto. Há várias formas de chegarem a ela. A questão é que se estiverem crianças nessa foto, sobretudo em que se veja bem a cara, está a correr grande perigo!
Os sites com conteúdos impróprios a envolverem crianças utilizam muitas vezes várias imagens que vão rodando e na falta de conteúdos editam as imagens e alteram apenas a cara de modo a parecer uma foto nova ou pelo menos que tenha uma cara que mais lhes agrada. Ora essas fotos vão se espalhando e em menos de nada podemos ter a imagem do nosso filho em poses menos próprias em milhares de sites na Internet. Agora eventualmente já sabe porque é que alguns pais quando tiram fotos colocam sempre objetos ou emojis à frente da cara dos mais pequenos.
É mesmo preciso termos muito cuidado, porque até o ato mais inocente se pode transformar numa grande dor de cabeça e depois sofrem pais e os mais pequenos.
Mas a publicação de fotos dos nossos filhos pode levar ainda a outro problema. Algum predador pode ficar interessado nos nossos filhos e ir à procura do seu perfil nas redes sociais.
O que nos dizem as estatísticas?
Em 82% dos crimes sexuais online contra menores, o infractor utiliza as redes sociais para obter informações sobre os gostos das vítimas
65% dos agressores sexuais on-line seguem as vítimas nas redes sociais para descobrirem a escola e saberem onde mora.
O que fazem normalmente os predadores
- Encontrar crianças através de redes sociais, blogs, salas de chat, mensagens instantâneas, e-mail, fóruns de discussão e outros sites.
- Seduzir os seus alvos através da atenção, carinho, bondade e até mesmo presentes.
- Conhecer as últimas músicas e passatempos.
- Ouvir e mostrar simpatia pelos problemas das crianças.
- Tente aliviar as inibições dos jovens, introduzindo gradualmente conteúdo sexual nas conversas ou mostrando-lhes material sexualmente explícito.
- Aliciar as crianças que se encontram online para futuro contato face-a-face.
Ou seja, não basta os pais não partilharem fotos dos filhos na Internet. É preciso que as crianças estejam preparadas para agir nas redes sociais.
As dicas para impedir que as crianças se transformem em vítimas estão relacionadas normalmente com a monitorização e controlo do acesso à Internet de uma forma adequada à idade. Porém, nem tudo acontece on-line e é importante que as crianças reconheçam os sinais. É essencial garantir que as crianças sabem desde cedo o que é apropriado partilhar com outras pessoas, mesmo que elas pareçam ser amigas.
Estabeleça regras acerca de quando é permitido:
- Enviar ou partilhar fotografias
- Dar o contacto e revelar informações privadas
Ensine aos seus filhos que:
- Devem socializar on-line apenas com as crianças que conhecem na vida real
- Devem evitar discussões pessoais com estranhos online, especialmente em conversas que envolvam sexo, violência e atividades ilegais
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