A escassez de chips é ainda uma realidade. Aliás, deverá continuar a sê-lo durante mais uns quantos meses, visto que apenas iremos ver uma melhoria significativa no mundo da produção, lá para o terceiro trimestre de 2022. (Se tudo correr bem!)
Posto isto, uma das empresas que mais tem estado debaixo de olho, tem sido a TSMC, que é obviamente a que tem a maior quantidade de produção, e conta com as técnicas mais avançadas da indústria. Debaixo de olho por quem? A Intel… Claro!
Intel está a negociar uso das linhas de 3nm da TSMC.
Portanto, a Intel parece estar novamente em contactos com a TSMC, para assegurar mais quota de produção, de forma a organizar o seu calendário de lançamentos para 2022, 2023 e 2024. Ou seja, a Intel quer garantir que as grandes encomendas da Apple não são um risco para os seus próprios objetivos a médio e longo prazo.
A TSMC é essencial para estratégia IDM 2.0 da Intel!
Caso não saiba o que é a estratégia IDM 2.0, muito resumidamente, a Intel quer começar a comercializar processadores baseados num design multi-chip. Ou seja, cada processador vai ter uma série de módulos empilhados, cada um deles responsável por uma área do processamento (CPU, I/O, GPU, etc…). Que claro está, não precisam de ser feitos pela mesma fabricante de semicondutores, nem precisam de ter o mesmo tamanho.
Ou seja, por exemplo, o CPU pode ser baseado no processo Intel 4 ou Intel 7 (7nm ou 10nm), enquanto o I/O pode ser produzido pela TSMC, a 3nm ou 4nm.
Curiosamente, ao mesmo tempo que a Intel negoceia com a TSMC, o seu CEO também anda a afirmar publicamente que é perigoso contar quase exclusivamente com a produção de Taiwan!
Em suma, ao mesmo tempo que a Intel anda a tentar garantir quota de produção junto da TSMC. O seu CEO Pat Gelsinger afirma que é cada vez mais importante ver as empresas focadas no design, prontas a trocar as grandes fabricantes asiáticas! Nomeadamente as baseadas em Taiwain, por tecnologia Nacional Americana.
Afirmações muito interessantes, numa altura em que a TSMC e Samsung estão prontas a investir muitos milhões de dólares em linhas de produção em solo Norte Americano.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Qual é o ‘endgame’ da Intel? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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