Muito provavelmente, quando vai a um posto de abastecimento de combustível meter gasolina ou gasóleo no seu fiel carro do dia-a-dia, olha para a tabela de preços, e diz umas quantas coisas agressivas, enquanto pensa no nosso governo Português. Eu pelo menos, sei que o faço, e claro, da maneira mais Ribatejana possível.
Mas verdade seja dita, a culpa não é apenas e só dos (muito pesados) impostos em cima dos combustíveis fósseis, afinal de contas, os impostos são uma taxa fixa, que pouco tem mudados nos últimos tempos, e por isso, não são os únicos responsáveis pelo aumento de preço dos últimos tempos.
Dito tudo isto, sabe quem é? É que segundo Joe Biden, a culpa está no lado das grandes petrolíferas.
Combustíveis: Sabe de quem é a culpa do aumento dos preços?
Portanto, o atual presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, voltou a apontar o dedo às grandes empresas petrolíferas, culpabilizando-as pelos preços elevados dos combustíveis à escala mundial. Ora leia:
“O preço da gasolina no mercado grossista baixou 10% nos últimos anos, no entanto, nas bombas, ninguém viu queda nenhuma. Ou seja, as empresas que dominam a cadeia de distribuição estão a gastar menos pelo matéria prima, e claro, a ganhar muito mais. Isto é inaceitável.”
Além de tudo isto, é preciso ainda olhar para a produção de barris de petróleo à escala global, que continua muito aquém da procura, num ato concertado para manter os preços altos.
Porquê? Bem, como se deve lembrar, o preço por barril de petróleo atingiu mínimos históricos nos picos da pandemia de COVID-19. O que por sua vez, fez com que as grandes produtoras desta matéria prima baixassem os níveis de prospeção e produção.
Aliás, a razão pela qual os preços aumentaram, em todos os mercados, deve-se à retoma económica global, feita de uma assentada só. Que levou a um pico na procura, e claro, uma oferta muito aquém do que seria necessário. No entanto, apesar de existir espaço para aumentar a quota de produção, as petrolíferas parecem estar muito contentes com os atuais limites, e como tal, apenas concordaram em aumentar a produção, de forma gradual. Algo que se irá manter até aos primeiros meses de 2022.
Ainda assim, mesmo com esta limitação artificial e gananciosa, o petróleo baixou bastante nas últimas semanas. Contudo, por alguma razão, os preços nos postos de combustíveis não estão a acompanhar a tendência.
O que é estranho, visto que quando o preço da matéria prima sobe, rapidamente os preços nos postos de combustíveis também sobem, mesmo quando temos em conta, que a gasolina e gasóleo a serem vendidos no momento, não foram comprados aos preços atuais. Porquê esta dualidade de critérios? Qual é a razão para a subida ser tão rápida, mas a descida ser tão lenta?
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