Gotta Catch’em All! Aquela mítica frase que ficou nas nossas cabeças desde o muito distante ano de 1996, com o lançamento de Pokémon Red, Green e Blue.
Faz sentido, afinal, a ideia de explorar uma região, em que a nossa missão era ir capturando criaturas míticas e poderosas, evoluir a nossa equipa, derrotar os melhores mestres Pokémon, tudo isto enquanto desmantelávamos um grupo criminoso… Foi sem dúvida uma experiência marcante para muito boa gente.
Dito tudo isto, nos últimos anos a Nintendo, para além de títulos novos, tem apostado muito em trazer estas experiências mais clássicas para os tempos modernos. Assim, entre Soul Silver/Heart Gold, Omega Ruby/Alpha Saphire tivemos remakes da segunda e terceira geração de Pokémon, com Let’s Go Evee/Pikachu (remake da primeira geração) tendo sido até agora o único remake lançado na Switch.
Assim, como alguém que apenas jogou Pokémon até à quarta geração, posso dizer que estou há anos ansioso pelo momento em que a Game Freak daria o “tratamento especial” a Diamond e Pearl. Pois bem, gostaria de dizer que esse momento chegou agora, porém os responsáveis por este remake, por muito incrível que pareça, foi a ILCA e não a Game Freak.
Será que podemos esperar o mesmo nível de qualidade? Vamos descobrir com esta análise.
Pokémon Shining Pearl/Brilliant Diamond (Análise Switch)
Alterações ao original
Portanto, vamos começar pelo aspeto que tem atraído mais críticas a este título… As diferenças presentes nestas versões em relação aos originais. Ao fim ao cabo, quase podemos dizer que estes jogos são ‘reskins’ e não ‘remakes’. O que quero dizer com isto?
Simples! Para além dos novos gráficos, não existem praticamente mais alterações, nem acréscimos alguns. É este aspeto que para mim mostra que a ILCA estava a pisar cascas de ovo durante o desenvolvimento destes ‘novos’ jogos. O que por um lado é compreensível, pois trata-se de um dos maiores e mais amados franchises do mundos.
Bem… Em nada isto afeta a minha opinião sobre o jogo, para mim um bom remake é aquele que trás o jogo em que se baseia a uma geração de consolas mais recente e consegue reter a essência e magia do original.
A meu ver, é preferível um remake manter-se “demasiado” fiel ao original, do que um que altera/corta perigosamente o conteúdo (por exemplo o que aconteceu com Resident Evil 3 Remake).
Gameplay
Como seria de esperar, a nossa aventura começa quando escolhemos entre Turtwig, Chimchar e Piplup como o nosso starter e partimos para a aventura. Existem 493 Pokémons que nos esperam, se queremos completar o nosso Pokédex, assim como oito ginásios, uma Elite Four e toda uma história secundária que se desenvolve ao longo do nosso percurso até à conquista do título de Campeão da região Sinnoh.
Visuais
Antes de mais nada, tenho a dizer que quando vi o trailer originalmente fiquei um pouco cético relativamente ao visual Chibi que a ILCA escolheu. Felizmente posso dizer que não foi de todo um problema, conseguindo até mudar a minha ideia original relativamente a este Art Style. O que ajudou a atenuar um pouco foi também o facto dos Pokémons em si não terem sido alterados para Chibi, assim como as personagem se apresentarem como em Sword e Shield quando entram numa batalha.
Entretanto, no que toca ao resto, este remake está simplesmente lindo, capturando na perfeição a essência da região Sinnoh e mantendo aquela performance impecável que esperamos de um jogo first party da Nintendo.
Conclusão
Em suma, posso dizer que mais uma vez fui transportado à minha infância graças a outro muito bom remake por parte da Nintendo (ILCA). É inovador? Não, é exatamente a “mesma” experiência de sempre. No entanto isto pode ser exatamente aquilo que velhos fãs da série estão à procura. Trata-se de uma experiência clássica sem Mega Evolutions ou Dynamax, apenas a nossa perícia como treinadores Pókemon.
Volto a frisar que comecei esta experiência com a plena noção que não iriam existir grandes alterações ao jogo original, o que para mim é exatamente aquilo que procurava.
Compreendo no entanto que pelo preço que custa, o leitor decida esperar por uma promoção. Especialmente se considera que um remake de um jogo da DS sem novas adições, não vale 60 euros.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? É fã de Pokémon? Está interessado no novo lançamento? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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