Com a pandemia a “passar” aos poucos, temos um novo fenómeno, o fim do teletrabalho e regresso aos velhos escritórios. Algo que os empregados estão a odiar, tal é o aumento de despesas ao fim do mês, mas que por algumas razões bastante curiosas, os patrões estão a adorar.
Vamos tentar perceber o que está a acontecer?
Empregados não querem voltar ao escritório… Mas os patrões querem!
Portanto, hoje em dia, apesar de muito staff preferir o teletrabalho a 100%, várias empresas estão a adotar modelos de trabalho híbrido. É um meio termo, que serve primariamente para agradar aos dois lados da barricada, o dos empregados, que verdade seja dita, preferem trabalhar a partir de casa de forma a poupar dinheiro em transporte, comida, etc… Isto em contraste com o lado dos patrões, que preferem ter um maior controlo sobre a sua força trabalhadora, com tudo no escritório.
Aliás, para ter a noção dos números, segundo um novo estudo do Futuro Forum (com 10 mil participantes), 76% dos empregados não querem voltar a um modelo full time no escritório. Entretanto, 59% dos patrões dizem querer o staff no escritório, para a grande maioria das tarefas do dia-a-dia.
Curiosamente, 66% dos patrões estão a planear uma vida empresarial pós-pandémica, sem qualquer input dos empregados, ou seja, sem sequer ouvirem a opinião do staff. O que por sua vez, pode criar vários tipos de problemas na relação entre empresa e empregado.
Porquê esta diferença entre “visões”?
Bem, ir ao escritório é muito diferente para um empregado e para um patrão. Especialmente se existir uma certa falta de confiança no lado do patrão. Afinal, caso não saiba, existem estudos a apontar para uma quebra de produtividade, quando o tema é o workoffice.
É exatamente por isto, que grandes empresas, como a Google ou a Apple, vão adotar um modelo híbrido em que os trabalhadores poderão trabalhar pelo menos 2 dias, por semana, a partir de casa. Com alguns outros trabalhadores, a ficarem permanentemente em casa, devido a algumas condicionantes.
