A constante evolução da eletrificação no mundo automóvel, não significa apenas boas notícias e novidades para os novos modelos, também podem existir algumas novidades para modelos mais antigos! Afinal de contas, cada vez mais, as baterias são mais eficientes, mais compactas e mais fáceis e rápidas de carregar. Por isso… Porque não trocar o pack antigo de baterias, por outro mais recente, e com mais poder/autonomia?
Em suma, trocar a bateria do seu híbrido plug-in ou elétrico pode vir a ser uma boa surpresa, certo?
Possivelmente sim, mas provavelmente nunca irá acontecer. Deixe-me explicar.
Imagine um Golf MK7.5 GTE, que quando chegou ao mercado, trazia uma autonomia puramente elétrica de mais ou menos 45~50KM. Se por acaso fosse dono deste carro, e fosse possível trocar as baterias, por um outro pack, do mesmo tamanho, mas com uma autonomia de 100Km, não o faria?
Ora bem, as baterias atuais conseguem oferecer mais energia, ao mesmo tempo que precisam de menos espaço dentro do nosso automóvel, tudo graças ao aumento da densidade das novas células.
Desta forma, se a fabricante achar lucrativo, existe sempre a possibilidade de oferecer melhores packs de bateria, do mesmo tamanho, mas com mais energia. O que parece ótimo no papel, mas pode não ser assim tão vantajoso quanto isso. Porquê? Preço!
Pois bem, um exemplo perfeito disto mesmo é o que atualmente a General Motor anda a passar, por causa de baterias problemáticas. Empresa que entretanto já tem uma solução, ao trocar as velhas baterias, por outras mais recentes, que claro, são capazes de oferecer um acréscimo de 8% no armazenamento de energia elétrica.
Novos packs são capazes de mais 8% de energia!
Claro está, 8% pode parecer pouco, mas estamos a falar de modelos Bolt com bateria de 60kWh 2017-2019 e 65kWh nos carros comercializados em 2020. Ou seja, até os modelos com 1 ano, ou menos que isso, vão receber mais autonomia elétrica.
Assim, no papel, podemos estar a falar de híbridos plug-in, ou 100% elétricos, com baterias capazes de alcançar outra tipo de capacidade de armazenamento de energia. Ou então, de baterias com a mesma capacidade, mas significativamente mais leves. O que por sua vez ajuda a autonomia, e possivelmente, até a agilidade do automóvel.
Tudo isto parece super interessante, mas temos de ter em conta algo muito importante… O preço! Ou melhor, uso diário que dá ao veículo, a idade do automóvel na altura em que decidir trocar a bateria, e claro, se vai mesmo tirar real proveito do acréscimo da bateria.
É que como deve imaginar, isto vai ser tudo menos barato!
Em suma, num mundo perfeito, e com toda esta evolução elétrica, quando chegar a hora de trocar o seu pack de baterias, é muito provável que tenha a alternativa de melhorar, e muito, a sua autonomia elétrico.
Contudo, como as fabricantes automóveis são empresas, e o objetivo das empresa é o lucro. Isto só vai acontecer se for mesmo rentável para as mesmas. Ou melhor, se a margem de lucro for a mesma, ou mais alta, do que a troca por um outro veículo novo.
Em suma, é muito provável que este tipo de “nicho de mercado” nunca venha a ser realmente adotado. O que vai acabar por matá-lo aos poucos. Afinal de contas, cada fabricante tem a sua própria implementação de baterias, por isso, se estas não quiserem meter “packs” à venda, a preços apelativos, simplesmente não irá existir alternativa para o consumidor. Pelo menos não a preços ‘aceitáveis’.
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