A Google apostou forte e feio num SoC (System on a Chip) proprietário, que entretanto já deve dar vida aos novos smartphones Pixel 6, uma jogada que pode muito bem servir como uma janela para perceber o futuro da empresa. Afinal de contas, se há coisa que a Google tem, é equipas de engenharia com muito talento, e claro, dinheiro para investir.
Assim, este novo SoC (Whitechapel) pode ser o início de uma gigantesca gama de produtos, como uma nova e renovada gama de portáteis Chromebook, potenciados pela tecnologia da própria Google.
Mas em termos de performance e eficiência, em termos de facilidade de uso, como é que este SoC se irá safar no dia-a-dia? Vai ser mais rápido que o atual Snapdragon 888 ou Apple A14 Bionic? Não! Não é esse o objetivo.
Google vai ter processador próprio. Foco não é a performance
Portanto, ontem noticiámos que os novos Google Pixel 6 são aparelhos “topo de gama” que na verdade não irão competir com os restantes topo de gama.
Assim, é um lançamento que pode significar uma mudança de estratégia para a gigante da pesquisa. Afinal de contas, podemos ter aqui uma gama de aparelhos que não tem qualquer intenção de ser a mais rápida ou a mais vistosa, chegando com o grande objetivo de oferecer apenas uma excelente máquina para o dia-a-dia dos utilizadores.
Afinal de contas, o ecrã OLED utilizado é rígido em vez de flexível, o que não compromete a qualidade de imagem, mas pode ‘piorar’ o aspeto. Além disso, ao que tudo indica, o SoC da Google não tem o objetivo de oferecer os mesmos níveis de performance dos atuais SoCs topo de gama do mercado.
Conhece o Google Whitechapel? O novo SoC da gigante do software?
Pois bem, o Whitechapel, internamente conhecido como GS101, é um chip feito em parceria com a Samsung, sendo baseado no processo de 5nm LPE da gigante Sul Coreana.
O que claro está, apesar de ser um processo poderoso e eficiente, também significa que irá ser um chip baseado num processo uma geração atrasado relativamente à concorrência direta. (4nm -> Snapdragon 895 e Apple A15 Bionic).
O que na estratégia da Google, não tem qualquer problema! Visto que o SoC não tem de competir com a nova geração de processadores, nem com a atual. A Google quer uma gama de smartphones apelativa, mas ‘barata’.
Afinal de contas, segundo os mais recentes benchmarks, o SoC da Google oferece uma performance similar ao Snapdragon 870. Que por sua vez, é um processador pouco mais rápido que o Snapdragon 865. Dito isto, o que falha nos núcleos do CPU, parece ser compensado na componente gráfica e IA. Mas aqui, temos de esperar para ver o que tudo isto significa no mundo real.
Dito tudo isto, com a grande aposta no seu SoC proprietário, a Google está também pronta a apostar forte e feio no suporte aos seus produtos.
Afinal de contas, é esperado que os novos Pixel 6 cheguem com pelo menos 5 anos de atualizações. Um número muito parecido ao que a Apple costuma oferecer nos seus produtos.
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