(Análise) NieR Replicant ver.1.22474487139: Como deve imaginar, é sempre uma desilusão quando vemos um trailer de um jogo que nos parece super interessante, só para depois descobrir que esse jogo vai ser lançado… Apenas no Japão…
Foi essa a situação em 2010 quando a Square Enix decidiu tirar uma página do livro da Game Freak. Ao lançar o action RPG Nier em duas versões distintas, na forma de Nier Gestalt e Nier Replicant.
Assim, enquanto Nier Gestalt teve um lançamento internacional, quem estava à espera de jogar com o protagonista mais jovem (Nier Replicant), só o poderia fazer se vivesse no Japão, e claro, se tivesse uma PS3.
Tudo isso mudou com a chegada da ver.1.22474487139… Uma atualização extremamente especifica ao jogo original para a PS3? Não caro leitor. É mesmo o título da versão remasterizada de Nier Replicant! Lançada este ano e finalmente a nível internacional!
História
Portanto, a nossa história tem início no verão de 2053, numa cidade abandonada e coberta por um nevão. Se o leitor acha estranho um nevão nessa época do ano… É tudo devido ao facto deste jogo ser um spin-off da saga Drakengard! Em que no final da mesma o planeta terra é deixado em ruínas. Desta forma, Nier Replicant passa-se milhares de anos depois desses eventos neste futuro pós-apocalíptico.
Assim, o nosso protagonista, um rapaz jovem, aparece pela primeira vez a servir de vigia à entrada de um supermercado abandonado. Rapidamente percebemos o motivo pelo qual ele se encontra de vigia pois é atacado por três criaturas. Tudo isto, aparentemente sem motivo. Contudo, quando estas são derrotadas, descobrimos aquilo que realmente estava a proteger, a sua irmã Yonah.
Afinal, quando esta tenta usar um livro misterioso para ajudar o irmão que se encontra em apuros, descobrimos que Yonah está infetada com a Black Scrawl, uma doença terminal. Após esta introdução, damos um “pequeno” salto no tempo de 1412 anos em que o nosso protagonista parte numa demanda para encontrar finalmente uma cura e salvar a sua irmã, antes que seja tarde de mais.
Gameplay
Sendo um action RPG, a jogabilidade está principalmente dividido em duas secções: combate (hack n’ slash) e exploração.
Entretanto, no que toca ao combate, este assemelha-se principalmente a títulos da Platinum Games. (Aliás, foi a Platinum que posteriormente desenvolveu o Nier: Automata). Temos os nossos combos com armas melee, a habilidade de bloquear ataques, evasion rolls, um livro que nos permite realizar ataques mágicos de longo/médio alcance (gastando “mana”), entre outras habilidades mágicas que vamos desbloqueando.
Não posso dizer que seja um jogo propriamente difícil ou com mecânicas demasiado complicadas. No entanto, penso que o combate consegue atingir um bom equilíbrio na balança entre o desafio e fazer o jogador sentir-se poderoso.
Já na vertente da exploração, temos um mundo aberto com visuais lindos, paisagens de perder de vista, e ainda um mundo pós apocalíptico cheio de mistérios à espera de serem desvendados.
Além de tudo isto, vamos sendo apresentados também a um elenco de personagens muito interessantes que, pela forma como interagem connosco, conseguem-nos submergir ainda mais na história e fazer com que nunca nos deixemos de preocupar com a nossa missão.
Existem também missões secundárias ao longo do jogo que, na minha opinião, acabam por ser um dos pontos fracos deste título devido ao facto de, infelizmente, serem demasiado repetitivas.
Performance
No que toca à performance na PS4 (standard) posso dizer que, para a plataforma em questão, é um remaster de sucesso. Afinal, o jogo corre a 60 FPS constantes (o que vamos ser sinceros, ultimamente é uma raridade na PS4), tirando nas cutscenes em que este número baixa para 30 FPS.
Em termos de visuais e resolução, tirando algumas texturas que, se observarmos mais de perto deixam um pouco a desejar, posso dizer que também fiquei bastante surpreendido pela positiva.
A Square Enix conseguiu sem dúvida trazer com sucesso este mundo para a oitava/nona geração.
Conclusão
Em suma, as mecânicas de combate são divertidas/variadas o suficiente para nunca se tornar repetitivo (mesmo com as fracas missões secundárias). E a história é sem dúvida aquilo que vai manter o leitor agarrado à consola! Tudo de forma a tentar fazer de tudo para salvar a “nossa” irmã.
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