É curioso que a revolução num sistema operativo para dispositivos móveis comece na loja de aplicações. No entanto é isso mesmo que vai acontecer com a maior loja Android, a Play Store. Afinal de contas o sucesso de qualquer equipamento e sistema reside nas apps que são disponibilizadas e como são fornecidas. Se tudo for mais rápido e funcionar melhor então obtemos um SO sem concorrente à altura. É nisso mesmo que a Google está a apostar e acaba de criar um sistema muito inovador. Não só vai reduzir a tralha no smartphone, como vai acelerar os downloads e reduzir o uso da memória.
Play Store dá início à maior revolução do mundo Android!
Tudo começa na loja de aplicações da Google
Vou tentar explicar isto de uma forma mais ou menos simples. Se joga FIFA na PlayStation, por exemplo, já reparou que quando corre o jogo pela primeira vez temos a possibilidade de fazermos uma partida enquanto outros conteúdos são descarregados. Ou seja, o jogo está funcional mas ainda não contém tudo, dado que ainda se está a fazer download do resto. Ora é mais ou menos isto. Mas vamos agora aplicar este conceito às apps para ainda perceber melhor e o site 9to5Google até já encontrou documentos que explicam tudo.
Ora quando abrir uma app pela primeira vez, a Google verifica quais as partes da aplicação que utiliza logo e aquilo que só vai usar depois. Por exemplo, quando descarrega o Instagram pela primeira vez, vai utilizar os primeiros minutos a definir o perfil e a encontrar amigos. Se este for o caso para um número significativo de utilizadores, então a Play Store vai descarregar em primeiro lugar essa parte da app, deixando o resto desinstalado até que queira utilizar essas funcionalidades ou quando a ligação ficar melhor. Por exemplo, vai haver a possibilidade de se descarregar parte numa rede 4G e o resto quando estiver ligado a uma rede Wi-Fi.
O alargamento a todo o sistema operativo que começa na maior loja Android, a Play Store
Este sistema não só é positivo para a questão dos downloads mas também para a gestão de recursos no seu smartphone.
Imaginem um ecossistema em que apenas temos instalado e a funcionar o que precisamos de cada app.
Assim, em vez de abrir toda a aplicação na memória, o smartphone pode carregar apenas as partes que utiliza mais. Isto vai reduzir a carga no processador e a quantidade de memória necessária. Para além disso também ocupa menos espaço.
Ou seja a Google vai conseguir criar um sistema que na prática pode tornar os smartphones muito mais rápidos, até mesmo os mais antigos. É que afinal menos recursos ocupados é igual a maior desempenho.
Haverá questões de privacidade devido a este sistema?
Tudo isto é feito através da política de privacidade atual. Assim, não se usam quaisquer informações pessoais suas. Para explicar melhor e pegando no caso do Instagram, a Google não vai analisar os posts que colocar, nem as stories. O que vai fazer é apenas perceber se está a utilizador apenas o Instagram para ver coisas em vez de mexer com filtros e outros add-ons. No fundo é personalizar o que está imediatamente acessível, de acordo com o que a pessoa costuma fazer.
Entretanto quando esta novidade que está em preparação estiver disponível, pode optar por não fazer parte do processo. Neste caso só terá desativar esta funcionalidade.
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