Foi em 2017, com o iPhone X, que o mundo dos smartphones ultrapassou a barreira dos 1000€. Foi uma decisão extremamente criticada na altura, mas que também foi muito rapidamente assimilada por todas as grandes fabricantes da indústria.
Afinal de contas, basta olhar para o mercado atual, para encontrar aparelhos topo de gama a 1279€ no caso do iPhone 12 Pro Max, ou 1329€ no caso do recente S21 Ultra da Samsung. Aliás, no caso da Samsung, as vendas do ano passado foram tão más, que a empresa até baixou os preços de toda a gama Galaxy S em 2021. Muito provavelmente porque os consumidores já não estão dispostos a pagar tanto por um simples smartphone!
Xiaomi quer saber se “pode” vender smartphones a 1500€
Pois bem, dito tudo isto, parece que a Xiaomi, uma fabricante conhecida pelo seu grande foco na “qualidade/preço“, está agora com alguma vontade de apostar forte e feio no mercado Super Premium. O que claro está, significa preços ao nível da Huawei, Samsung e Apple. (E claro, significa também margens de lucro mais altas para os bolsos da empresa Chinesa!)
Assim, apesar do recente lançamento do Xiaomi Mi 11, que continua a seguir a tendência de especificações de topo a um preço ‘justo’. O CEO da Xiaomi quer tentar perceber se os consumidores estão dispostos a dar 1500€ por um smartphone da fabricante, desde que este justifique o preço.
O que é justificar o preço para a Xiaomi?
Muito resumidamente, é inegável que o CEO está a pensar no Galaxy Z Fold 2 de 2000€ ou Mate Xs de 2600€. Ou seja, a Xiaomi deve estar prestes a entrar no mercado dos smartphones dobráveis, e está a tentar perceber que preço deverá escolher para continuar competitiva sem perder dinheiro.
Também é possível que a Xiaomi opte por lançar uma versão “final” do Mix Alpha, em vez de um dobrável. Um aparelho que certamente não irá ser barato.
Contudo, o mercado não parece estar muito recetível a preços extremamente altos, especialmente nesta altura pandémica, que deverá ser seguida de uma crise económica sem precedentes.
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