(Especial) Smartphone novo = câmeras novas? Acabou a inovação? – Se por acaso tem um iPhone Xs ou 11 Pro no bolso, é provável que não tenha grande vontade de atualizar para a mais recente versão do smartphone da Apple.
Aliás, o mesmo pode ser dito acerca do Galaxy S10 e S20, ou Note 10+ e Note 20 Ultra… Em boa verdade, muitos são os utilizadores descontentes, sempre a afirmar que os designs são exatamente os mesmos, que a diferença de performance não é nada de especial, existindo apenas alguns toques no sistema de câmeras para melhorar a performance na captura de imagem e vídeo.
O que levanta uma questão… Os novos lançamentos de smartphones são apenas uma simples atualização ao hardware e software das câmeras?
Bem, na verdade… Não! Especialmente no campo da atualização das câmeras. Afinal de contas, desde 2014 até 2018, a grande maioria dos smartphones de gama alta utilizavam sensores de 1/2.6″-1/2.55″ e 12~16MP. Aliás, os smartphones de gama alta da Google e Apple de 2019 ainda trazem estes mesmos sensores.
Sim, existiram algumas mudanças, mas foi tudo focado na velocidade de captura e não na melhoria na qualidade de imagem. Ou seja, as grandes melhorias na qualidade de imagem que vemos ano após ano, devem-se às melhorias nos algoritmos de processamento implementados pelas fabricantes! Processamento esse que necessita de um bom SoC, ou outros chips dedicados para o efeito.
Ou seja, o que não tem faltado no mundo dos smartphones é inovação.
Afinal de contas, a grande maioria dos aparelhos conta agora com ecrãs OLED, uma tecnologia ainda extremamente complexa de produzir. Isto já para não falar da adoção das altas taxas de atualização de frames, com muitos aparelhos de gama alta e gama média a chegarem ao mercado com ecrãs capazes de oferecer 90Hz como o P40 Pro, 120Hz como o Galaxy S20 ou até 144Hz como o ROG Phone 3.
Temos também de contar com a redução das margens do ecrã! Algo que começou com a implementação da Notch em 2017, e agora já se encontra nos orifícios no ecrã. Curiosamente, até já temos aparelhos capazes de esconder a câmera frontal debaixo do ecrã OLED.
O próprio SoC, no caso do Snapdragon 855 de 2019, adicionou suporte a interfaces de câmera e processadores de sinal de imagem, o que por sua vez abriu caminho à implementação de sensores maiores e lentes de maior resolução. Similarmente, temos também ligações mais rápidas às redes sem fios, ao mesmo tempo que a eficiência energética e performance no dia-a-dia também aumentou. Entretanto, o Snapdragon 865 de 2020 apostou forte e feio no 5G, o que irá preparar o terreno para a implementação da infraestrutura nos próximos anos.
Então qual é a razão para esta sensação de falta de inovação?
Muito resumidamente, os smartphones estão assentes em tecnologias agora maduras. É muito difícil encontrar algo realmente novo e inovador nestes aparelhos. Contudo, ainda existem algumas tentativas, como o Project Soli do Google Pixel 4, e sensor LiDAR dos novos iPhones 12.
Entretanto, também temos os smartphones dobráveis! Que estão a ficar cada vez mais robustos e cada vez mais fáceis de produzir. Uma gama de produtos que poderá ficar mainstream já nos próximos 2 anos.
Em suma, os smartphones estão a ficar cada vez mais poderosos, cada vez mais eficientes e cada vez mais inteligentes. O problema é que as atuais máquinas já são tão boas, e tão baratas. Que muitas vezes, todas as novidades acabam por nos passar ao lado.
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