Quando falamos da Apple, a cabeça dos consumidores vai logo para o iPhone. No entanto, na minha opinião, o evento de lançamento mais importante da gigante Norte Americana aconteceu no passado dia 10… Onde ficámos a conhecer 3 novos Macs, todos eles baseados num novo e curioso processador ARM.
Sim, a partir de agora, para a Apple, a Intel é carta fora do baralho!
Ou seja, os reputados MacBooks vão começar a chegar ao mercado com chips da autoria da Apple e tecnologia de produção da TSMC.
Assim, a Apple livra-se de todos os problemas de produção da Intel que infelizmente ainda se encontra presa nos 14nm e anda a ‘experimentar’ com um processo de 10nm que é na verdade ‘coxo’. Conseguindo unificar todo um ecossistema! Afinal, vai ser possível correr apps do iPhone nos novos MacBooks de forma nativa. O que por sua vez, traz algumas vantagens mas também desvantagens.
Mas vamos por partes.
A Apple está mesmo muito confiante no novo M1… Tem razões para isso?
Portanto, o muito recente evento da Apple revelou 3 novos computadores, um MacBook Air, um MacBook Pro (ambos de 13”) e ainda um Mac mini. Todos eles baseados no novo SoC M1 que é na verdade um Apple A14X Bionic com alguns esteroides em cima.
Isto oferece o quê? Bem, temos um processador de 10W a conseguir igualar ou até ultrapassar algumas ofertas bem mais sedentas de energia da Intel e AMD. O que claro está, resulta numa autonomia simplesmente fantástica. Afinal de contas, 20 horas de autonomia num portátil não é agora impossível.
No entanto, como a arquitetura é agora ARM em vez x86, muitas das aplicações que funcionam em toda a gama de MacBooks no mercado ou funciona mal, ou simplesmente não funciona. (Já vamos falar mais sobre isto!)
Ainda assim, se há coisa que a Apple é simplesmente fenomenal, é no suporte de software aos seus aparelhos. Por isso, mesmo que os primeiros modelos sofram um pouco no início, que não existam dúvidas, esta é uma pequena época de transição, e quem vai ficar a sofrer é mesmo quem tem um MacBook baseado num processador Intel, que entretanto deverão ficar sem suporte dentro de alguns anos.
A Apple está super confiante! Porquê?
Primeiramente, a Apple está a fazer promessas no campo da bateria que são simplesmente bombásticas. Afinal, a fabricante está a prometer 18 horas de autonomia a ver vídeo, o que é mais ou menos o dobro do que a marca promete nos seus portáteis Intel.
Mas isto nem é grande novidade! Afinal, não é novidade que a arquitetura ARM é mais eficiente e poderosa watt por warr. E claro, também não é grande novidade que a Apple tem talento no design destes chips, basta olhar para o histórico da performance dos seus iPhones e iPads em comparação ao que o mundo Android tem sido capaz de oferecer.
Época de Transição – A solução tem o nome de Rosetta 2?
Como disse em cima, as aplicações x86 funcionam mal ou não funcionam nos novos portáteis da Apple. Mas a gigante da maçã tem uma solução, uma espécie de emulador com o nome de Rosetta 2.
Como é óbvio, se por acaso já mexeu no Windows 10 ARM, emular aplicações x86 mete um pouco de medo. No entanto, a Apple garante que vai ser possível tirar mais performance de algumas aplicações especializadas através da Rosetta, do que ao executá-las através de um CPU Intel… O que é difícil de acreditar mas parece mesmo ser verdade.
Entretanto, de forma bem curiosa, a Apple diz que as coisas ‘simplesmente funcionam’, o que é inegavelmente uma grande segurança para quem ficou interessado nestes novos portáteis.
A Apple está tão confiante que até deixou de vender o MacBook Air com processador Intel!
Caso não saiba, o MacBook Air é o portátil que mais vende na gama da Apple. No entanto, a empresa decidiu retirar o Air baseado na tecnologia da Intel… O que é simplesmente estrondoso, quando temos em conta que em 2020, a gama de portáteis Mac voltou a dar dinheiro a sério à empresa.
Ou seja, temos aqui um risco grande, mas que em contrapartida também mostra toda a confiança que a Apple tem nas suas novas máquinas.
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