(Análise) Samsung Galaxy Buds Live: Quando andamos neste meio a experimentar tudo o que é tecnologia, chegamos a um ponto em que é quase tudo igual. Até que por vezes temos uma surpresa das grandes fabricantes, algo que a Samsung tem conseguido fazer nos últimos anos.
Afinal de contas, como deve imaginar, quando chega um produto ao mercado que é realmente inovador, o nosso nível de entusiasmo para a review também aumenta logo no imediato.
Afinal de contas, os Galaxy Buds Live não são apenas mais uns ‘fones sem fios’, são um esforço da gigante Sul Coreana de sair fora de caixa, para realmente oferecer uma nova experiência sonora para os nossos ouvidos.
Mas será que teve sucesso? Vamos tentar perceber nas próximas linhas.
(Análise) Samsung Galaxy Buds Live: Um par de feijões mágicos?
Especificações Técnicas
- Peso e Dimensões: Buds -> 27.2 x 17.3 x 15.5 mm (5.6g) // Caixa -> 50.0 x 50.2 x 27.8 mm (42.2g)
- Bateria: Buds -> 60mAh // Caixa -> 472mAh com suporte a carregamento sem fios.
- Altifalantes e Microfone: 12mm driver AKG, 3 microfones
- Conectividade: Bluetooth 5.0 BLE
- Codec: AAC, SBC, Scalable Codec
- Sensores: Proximidade, Acelerómetro, sensor de toque
- Resistência IPX2
Design
É este campo que separa os Buds Live de tudo o resto que podemos encontrar no mercado.
Afinal de contas, enquanto os Galaxy Buds+ são quase iguais aos Buds originais, a Samsung mudou completamente o design destes ‘feijões’, para oferecer algo completamente novo ao mercado mobile de música.
Aliás, caso não saiba, a própria Samsung pensou em chamar estes meninos de ‘Galaxy Beans‘, preferindo o nome menos ‘tótó’ mas que fica menos no ouvido, ‘Galaxy Buds Live’.
Dito tudo isto, o que é realmente importante no meio disto tudo, é saber se o novo design ajuda o desempenho ou conforto destes fones sem fios no dia-a-dia. Bem… Mais ou menos!
Primeiramente, quando os tira da caixa, a primeira pergunta que nos passa pela cabeça é…“Como é que vou meter isto nos ouvidos?” Pois bem, a Samsung ajuda nesta parte com um pequeno guia na aplicação Galaxy Wear, sendo depois bastante fácil de perceber o objetivo da equipa de design.
Ou seja, com este design de ‘feijão’, a ideia passa por conseguir meter os altifalantes bem no fundo do nosso canal auditivo! O que claro está, irá resultar numa experiência de som bastante intensa. Mas também pode ter um lado negativo, visto que o nosso canal auditivo do lado direito pode não ser igual ao do lado esquerdo.
Dito tudo isto, a posição ‘funda’ dos altifalantes têm uma outra vantagem! Afinal, se os Buds Live estiverem bem colocados, nunca irão cair! Quer corra, salte, faça musculação, estes meninos vão ficar sempre bem presos.
Quanto ao conforto, utilizar os Buds durante 3 ou 4 horas não tem qualquer problema, mas temos realmente uma sensação de aumento de temperatura na zona, ou até de ficar com a sensação que ficamos doridos no sítio mais grosso dos Buds. No entanto, eu fico com esta sensação com qualquer tipo de earbuds do mercado, por isso, tendo em conta o volume e qualidade de música que conseguimos ter nestes meninos, não me parece ter sido uma má jogada da Samsung. Aliás, os buds são tão leves (5.6g), que na grande maioria do tempo, nem se vai lembrar que eles estão bem enfiados nos seus ouvidos.
Por fim, no campo do design, temos a caixa quadrada com cantos arredondados que facilmente caberá no seu bolso, trazendo um mecanismo magnético para não só passar um feeling ‘premium’ quando abre e fecha, mas também para garantir que tudo fica bem fechado no seu bolso.
No entanto, este acabamento também fez com que a caixa escorregasse do meu bolso várias vezes. Aliás, no último dia antes de devolver o produto à Samsung Portugal, a caixa deu um trambolhão de pelo menos metro e meio mesmo para cima da pedra do meu quintal. Obviamente que pensei, “boa! Partir isto no último dia, bom trabalho Nuno!” Mas não, tudo funcional e inteiro (à parte de 2 ou 3 arranhões). Impossível não elogiar a qualidade de construção depois deste teste acidental mas de eficácia inegável.
Funcionalidades
É inegável que a Apple mudou o mundo da música sem fios ao trazer o modelo original dos AirPods para o mercado há alguns atrás.
No entanto, ao olhar para estes Buds Live, ninguém diria que não foi a Samsung a começar a ‘moda’, tal não é nível de eficiência, portabilidade, e poder sonoro que estes meninos trazem para cima da mesa.
Afinal de contas, se por ventura já tem um smartphone Samsung Galaxy no bolso, a experiência de utilização é simplesmente brutal na forma em como tudo está conectado. Pode atender uma chamada no telefone, meter um dos fones no ouvido, e automaticamente está a ouvir a outra pessoa pelo ‘feijão mágico’. O mesmo acontece quando está a ver um vídeo ou ouvir música! Tudo feito de forma a nunca perder uma pitada da ação.
Dito isto, boa qualidade de som já não é assim tão difícil de encontrar, mas uma experiência de conectividade de alta qualidade? Isso é outra história, e nesse capítulo, a Samsung está mesmo muito bem.
Autonomia
A Samsung promete uma autonomia de 6 horas em cada Bud com o ANC ligado, o que no meu uso parece ser uma métrica acertada. Entretanto, a caixa de transporte oferece mais dois ciclos e meio, ou seja, mais 15 horas de autonomia, para um total de 20~21 horas de música.
Em suma, a Samsung melhorou algo que já era um ponto forte nos Buds e Buds+. Afinal de contas, apesar do total das horas ser um pouco menor, a caixa de transporte pode ser carregada por USB-C ou por qualquer carregador sem fios Qi, o que torna tudo bem mais fácil.
Performance
Uns produto pode ser bonito, pode ter um preço apelativo, pode ter funcionalidades do arco-da-velha, mas se depois falhar no objetivo máximo… Qual é o interesse? Pois bem, vamos tentar perceber se os Buds Live nos fazem mesmo sentir num concerto ao Vivo (live).
Pois bem, os Galaxy Buds Live contam com drivers de 12nm que ficaram a cargo da AKG. Dito isto, na minha ótica de utilizador comum, a Samsung consegue oferecer uma boa qualidade de som, mas não fica no topo da tabela no campo do cancelamento de ruído. Ou seja, existem algumas melhorias em relação aos Buds+, algo facilmente notório quando temos a sensação que as músicas têm agora um pouco mais de vida. No entanto, como o design não sela tão bem o ouvido, nunca irá ter a mesma performance ANC dos antigos fones TWS da Sammy.
Entretanto, além da qualidade sonora, tenho de elogiar a qualidade dos microfones que fazem um trabalho brutal durante qualquer tipo de chamada. Aliás, nesta situação a Samsung está bastante acima de várias rivais neste mundo da música mobile, como a Sony.
Conclusão
Na minha opinião, os Sony WF-1000XM3 continuam a ser os reis dos fones sem fio, quer seja fã do mundo Android ou do mundo Apple. Ainda assim, se por acaso tem um smartphone Samsung no bolso, tem aqui uma alternativa muito interessante, que vai cair que nem ginjas no ecossistema que a gigante Sul-Coreana tem criado.
A qualidade de som é boa, o design é estranho mas tem as suas vantagens, e o preço não é tão descabido em comparação com a resta oferta do mercado.
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