Carros elétricos vs Carros a combustão: Caso não saiba, o carro elétrico já existe desde os anos 80, no entanto, sempre foi uma tecnologia incapaz de substituir os tradicionais carros a combustão. Aliás, ainda é discutível se a eletrificação consegue ou não substituir completamente a atual frota de automóveis, mas uma coisa é certa, existe uma evolução palpável!
Dito isto, existe ainda uma grande dúvida… O que é mais caro nas linhas de produção? E durante o seu ciclo de vida? Um carro elétrico ou um carro movido a combustíveis fósseis?
Antes de mais nada, apesar destes dois tipos de automóveis terem o mesmo exato objetivo (ir do ponto A ao ponto B), é inegável que são duas máquinas bem diferentes. Por isso, antes de começarmos a falar de conteúdo a sério.
Ou seja, é preciso ter em conta que dentro do mercado de automóveis, também temos carros bem diferentes no mesmo stand… Faz sentido comparar um Ford KA a um Mustang? Ou um Audi A3 a um Bugatti Veyron? Claro que não!
Em suma, antes de comparar o que quer que seja, temos de definir uma base, ou seja, comparar laranjas com laranjas e bananas com bananas. Assim, vamos limitar-nos aos mais normais carros de transporte que têm de obedecer aos limites de velocidade de 90KM/h nas localidades e 120KM/h nas auto-estradas. Esquecendo os carros desportivos e de transporte de carga.
Vamos por partes.
Um carro elétrico é mais barato ou mais caro?
Primeiramente, é preciso ter em conta que um carro elétrico é um automóvel bastante mais simples em relação aos tradicionais carros a combustão equivalentes. Ao fim ao cabo, não é por acaso que a manutenção é mais barata… É que este tipo de automóvel dispensa muitas das peças de desgaste dos carros ditos ‘normais’. Em suma, podemos dizer que se uma peça não existe, não irá ter defeito! E claro, uma peça que não se mexe, também não se irá estragar.
Desta forma, se os carros elétricos são na sua base um veículo mais simples, devido ao número reduzido de peças. Vão também ser mais simples de produzir, com menor manutenção ao longo do tempo. (Contudo, na produção, os veículos tradicionais ainda têm a vantagem, pelo simples facto de serem produzidos em massa.)
O facto de os elétricos serem mais simples levanta alguns problemas na indústria…
Afinal, se os carros elétricos têm menos defeitos, menos avarias e menos manutenção, isto significa que os mecânicos vão ter muito menos trabalho. Troca de óleo? Não há. Revisão? Vai menos vezes. Embraiagem? Não há. etc…
É um pouco devido a isto, que ainda vemos algum deste dinheiro a ser passado para o valor inicial de compra deste tipo de carros.
O calcanhar de Aquiles do carro elétrico é a sua autonomia (Bateria)
As baterias são grandes, pesadas e… Caras! Dito isto, o que os condutores querem é autonomia a sério, mas isto obriga à montagem de mais baterias. O que aumenta o peso do carro, o que claro está, obriga à implementação de ainda mais baterias. Podemos utilizar aqui o termo ‘Pescadinha de rabo na boca’.
Em suma, é um bicho de 7 cabeças que tem levado vários engenheiros à loucura. As baterias são essenciais para um carro elétrico, mas também trazem grandes desvantagens. Até porque não pode ser utilizado um qualquer tipo de bateria, é necessário utilizar baterias mais eficientes, que claro está, são também mais caras.
O carro tradicional (Combustíveis Fósseis)
O carro a gasolina ou gasóleo é padronizado, por isso, existem milhares de linhas de produção. Ou seja, é um veículo produzido em massa porque existe uma procura conhecida.
Dito isto, a produção em massa baixa consideravelmente o custo do produto final. As peças são menos duráveis, mas também é muito fácil encontrar peças para a manutenção do veículo.
A grande vantagem da autonomia
A gasolina e o gasóleo têm muita energia. Por isso, mesmo que os carros elétricos sejam mais eficientes, os combustíveis têm tanta energia que um nível de eficiência de 20~30% irá equivaler à mesma ou mais autonomia em relação a um carro elétrico equivalente.
Além de tudo isto, ao contrário da bateria que é imediatamente paga na sua totalidade, o combustível é suavizado em várias prestações. Ou seja, vai metendo sempre que quiser andar durante o ciclo de vida do carro.
A desvantagem está na eficiência!
Enquanto um carro elétrico se porta muito bem tanto em autoestrada como na cidade. Um carro a combustão irá oferecer o máximo da sua eficiência energética na estrada, onde a velocidade é mantida durante muito tempo.
Conclusão
Muito resumidamente, a conclusão depende de muita coisa. Um carro elétrico é mais simples de produzir, e por isso deveria ser mais barato… Mas não é.
Por ser uma tecnologia nova, o desenvolvimento ainda é fresco e por isso, ainda dói no bolso das fabricantes. Devido a isso, os seus custos de pesquisa e desenvolvimento são passados para o preço inicial.
No entanto, consoante o seu uso na estrada, o custo inicial mais elevado (ou não, dependendo do modelo elétrico em causa) poderá compensar a médio/longo prazo devido à eficiência energética do motor elétrico, especialmente se não andar muitos KMs e os fizer maioritariamente em cidade.
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