Como deve saber, o mundo da tecnologia não pára! E claro, o segmento dos videojogos está incluído neste tema. Dito isto, algo que sempre achei curioso é como um jogo pode passar vários anos em desenvolvimento, por vezes com alguns adiamentos à mistura, e ainda assim chegar ao mercado com gráficos incríveis e/ou uma jogabilidade fora de série.
Por exemplo, um jogo pode estar em desenvolvimento há 3 ou 4 anos, e por alguma razão, perto do seu lançamento, acabar por ser adiado 12 ou 18 meses, é algo que não é muito comum mas que acaba por acontecer algumas vezes nos bastidores. Tudo isto levanta uma questão, como é que os estúdios se preparam para estas eventualidades? Como é que um jogo se mantém actualizado após tantos anos em desenvolvimento?
Ao fim ao cabo, os jogadores são cada vez mais exigentes, e como tal, é obrigatório existir uma evolução gráfica!
Alguns jogos demoram 5 anos a serem desenvolvidos… Como é que se mantêm actuais?
Portanto, quando uma equipa de desenvolvimento começa a planear o novo projecto, conta com vários elementos que sabem o que está a chegar ao mercado em termos de novas tecnologias. Por isso, o próprio planeamento já conta com a implementação de algumas coisas que irão ser uma grande novidade dentro de alguns meses/anos.
Além disso, também é deixado algum ‘espaço para melhorar’, ao mesmo tempo que normalmente nunca é escolhida uma plataforma que não evolua ao longo do tempo.
Obviamente, quando falo de plataforma, não falo apenas do hardware! Visto que uma consola nunca poderá evoluir ao longo do tempo neste campo. Ou seja, em suma, existem duas componentes no mundo do desenvolvimento de jogos, inovações de hardware (novas consolas, novos CPUs, novas placas gráficas, etc…), e inovações de software (novas técnicas, novos motores de jogo como o Unreal Engine 5, etc…)
E na verdade, apesar do hardware ser sempre muito importante, o software é a chave, tem de ser algo que não fique estagnado para de certa forma não prender os developers ao longo do tempo. Ao fim ao cabo, se a plataforma estagnar, o estúdio vai acabar por ter de gastar muitos recursos (tempo e dinheiro) na missão de conversão de todos os dados para uma nova plataforma (motor de jogo) mais recente. (Isto aconteceu várias vezes com Duke Nuken Forever)
A maioria dos jogos usam Motores de Jogo (Game Engines)
A grande maioria das equipas por detrás de um dado projecto não desenvolvem o seu próprio motor de jogo, optando por comprar algo já feito, implementando as suas próprias modificações. Dito isto, como disse em cima, o software não pode ficar estagnado, por isso, quando uma nova versão do motor de jogo é lançada, 99% das vezes é possível encaixar todo o trabalho feito no novo software, conseguindo usufruir de todas as melhorias implementadas.
No entanto, os ‘assets’ são outra história, estamos a falar das Texturas e Modelos 3D.
Curiosamente, os modelos originais já contam com um número de poligonos muito maior do que aquele que poderá ser usado no hardware atual. Ou seja, os modelos e texturas que vemos nos nossos jogos foram ‘downgraded’.
Isto tem uma vantagem! Visto que caso exista uma evolução tecnológica, os developers podem voltar a exportar os modelos com um pouco mais de qualidade. O mesmo acontece com as texturas, que poderão levar um ‘corte’ na resolução para ir de encontro às specs de cada sistema.
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