O problema dos Estados Unidos com a China criou uma situação complicada à Huawei. É que na prática está cada vez mais complicado ter acesso à tecnologia americana e isto transparece em diversos campos. Inicialmente foi só o acesso à Google. No entanto, o problema é que isto já chegou aos chips e os próximos processadores da Huawei podem estar em risco. Ou podiam!
Huawei: China tem nova arma na guerra com os Estados Unidos!
A grande novidade podem ser as máquinas de litografia. De facto, estas, desempenham um papel importante na produção de chips. São usadas para gravar padrões que mostram onde os transistores serão colocados nos chips. Um dos maiores avanços foi o EUV (litografia ultravioleta extrema). Isto cria marcações extremamente finas que são muito importantes quando se trata de chips como o próximo Apple A14 Bionic de 5nm, que chega com 15 mil milhões de transistores no interior. Mas em que é que isto diz respeito à China e aos Estados Unidos?
Huawei: China tem nova arma na guerra com os Estados Unidos!
De acordo com o Global Times, um jornal chinês, uma empresa investigação chinesa desenvolveu uma máquina de litografia a laser de 5 nm que pode mudar tudo. No entanto, a China ainda pode estar “longe” de criar essa máquina e há alguns problemas que necessitam de ser resolvidos com a tecnologia.
O Instituto de Nanotecnologia e Nanobionica de Suzhou, da Academia Chinesa de Ciências (Sinano), e o Centro Nacional de Nanociência e Tecnologia, anunciaram ontem que fizeram importantes descobertas relacionadas com a litografia a laser de ultra-alta precisão. No entanto, estas descobertas são apenas teóricas no momento e será necessário muito dinheiro para transformar isto em realidade. A máquina de litografia a laser vai criar padrões de precisão para ajudar a produzir semicondutores, chips fotónicos e sistemas micro eletromecânicos.
A China está muito atrás de outros paÃses no que diz respeito à produção de chips, razão pela qual a recente mudança nas regras de exportação acaba por ser um duro golpe para a Huawei.
Está última tem usado a maior fábrica do mundo, a TSMC, para desenvolver os chips criados pela unidade HiSilicon da Huawei. Este ano, a TSMC deverá fornecer à Huawei o chip Kirin de 5nm que vai equipar o próximo Mate 40. Serão mais potentes e eficientes em termos energéticos. Mas este deverá ser o último. É que a partir de agora, para isto acontecer, os Estados Unidos terão de autorizar e simplesmente não o irão fazer.
Ou seja, embora a Huawei ainda possa ter acesso a chips da TSMC até meados de setembro, o que vai acontecer no próximo ano? Antecipando este problema, a Huawei começou a negociar com a maior fábrica da China, a SMIC. No entanto, esta empresa ainda está muito atrás da TSMC. Por exemplo, enquanto a última já produz chips de 5nm com 171,3 milhões de transistores por cada mm quadrado, os chips mais avançados da SMIC usam 14nm. Ou seja, aproximadamente 35 milhões de transistores por mm quadrado. A SMIC recentemente desenvolveu o Kirin 710-A SoC da Huawei e que adotar o processo de 7 nm. No entanto, necessita de máquinas litográficas mais avançadas.
Os EUA supostamente impediram o principal fornecedor de litografia ASML de enviar uma máquina para a SMIC no inÃcio deste ano; portanto, se a tecnologia a laser de 5 nm funcionar, pode ser um grande impulso para os chineses que necessitam de ser tornarem auto-suficientes nessa área.
O analista veterano da indústria Xiang Ligang, disse ao Global Times que “… vai levar anos até que a China consiga diminuir a lacuna com os fornecedores ocidentais mais avançados, em particular a ASML. Xiang afirma que a ASML monopolizou as principais tecnologias para as suas máquinas e refere que atrair capital para este projeto é difÃcil. A velocidade de recuperação será baixa e isto não agrada aos investidores.
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