A Qualcomm anunciou finalmente dois novos processadores pensados para o mundo dos smartwatches, o Snapdragon Wear 4100 e 4100 Plus, a primeira grande atualização à plataforma desde 2018, que na verdade, nem foi grande atualização.
Dito isto, a Qualcomm promete um aumento estrondoso na velocidade de processamento, bem como grandes melhorias no GPU, memória, câmera (reconhecimento facial?), e claro, autonomia da bateria, um dos maiores calcanhares de Aquiles do Wear OS.
Snapdragon Wear 4100: Há esperança para o Wear OS!
Portanto, como já deve ter percebido, estamos a falar de promessas significativas, e que muito provavelmente poderão dar uma nova vida ao SO para smartwatches da Google, o Wear OS.
Ao fim ao cabo, o último grande processador lançado para a plataforma foi o Snapdragon Wear 3100, que verdade seja dita, foi um pequeno upgrade em relação ao Wear 2100 de 2016. (O Wear 3100 e Wear 2100 partilham o mesmo CPU, ou seja, oferecem exatamente a mesma performance).
Em suma, o lançamento destes novos Snapdragon Wear 4100 é no fundo a primeira grande atualização à plataforma desde 2016! Mas que mudanças são estas ao certo?
Pois bem, o processo de produção passa dos 28nm para 12nm, com quatro núcleos A53 (1.7 GHz) a substituirem os velhinhos núcleos A7 (1.1 GHz) do Wear 3100. A Qualcomm promete assim um aumento de 85% só no desempenho do processador. Entretanto, o GPU é agora um Adreno A504, que é 250% mais poderoso do que aquilo que podemos encontrar nos atuais smartwatches Wear OS.
Qual é a diferença entre o Snapdragon Wear 4100 Plus e o 4100 ‘normal’?
Muito resumidamente, o modelo ‘Plus’ traz consigo uma versão atualizada do co-processador ‘always on’ QCC1100 que já deu um ar de sua graça no Wear 3100. Ou seja, como nem todos os developers irão querer dar uso a este pequeno chip, a Qualcomm vai oferecer o Wear 4100, que deixa esse componente de lado.
Nota: O co-processador QCC1100 irá ficar encarregue de coisas como o modo ‘Always On’, sendo agora capaz de mostrar 64.000 cores, em vez das 16 cores do Wear 3100. Sendo também capaz de tomar conta das funcionalidades mais básicas de qualquer relógio ‘smart’, como os passos, monitorização cardíaca, alarmes, haptic feedback, etc…
No campo da bateria, esquecendo as melhorias na arquitetura, o salto para os 12nm deverá oferecer um aumento de pelo menos 25%.
Quando é que vamos ter modelos baseados nestes processadores?
A Mobvoi já anunciou que está a desenvolver um novo TicWatch tendo como base um destes processadores. Sendo ainda a única das grandes fabricantes do mundo WearOS a anunciar o que quer que seja. Infelizmente, a Fossil, que é inegavelmente uma das maiores impulsionadoras do SO, ainda não disse nada.
Conclusão – Será que a Google vai finalmente conseguir ter uma palavra a dizer à Apple, Samsung, Huawei e Xiaomi? Que dominam o mercado de smartwatches sem dó nem piedade? Ou será que é demasiado tarde para o Wear OS?
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