Provavelmente já não se lembra, mas antes do reinado dos smartphones, já existia algo bastante parecido a estas máquinas… O Pocket PC!
Eu lembro-me destas máquinas como se fosse ontem, afinal de contas, quando era miúdo e ajudava na mercearia dos meus avôs, todas as semanas encontrava o ‘Viajante’ que ia fornecer a loja com produtos alimentares, tirando sempre apontamentos com o seu computador de bolso, o tal ‘Pocket PC’, enquanto eu olhava para aquilo feito parvo, a perguntar como era possÃvel tanta tecnologia numa máquina que na altura me parecia pequena.
Mas tudo isto levanta uma questão, porquê tanto tempo para aparecer o primeiro smartphone, se antes da existência do lendário 3310, já existiam máquinas como esta?
Portanto, fui pesquisar um pouco este assunto, chegando à conclusão que a evolução lenta do Pocket PC foi derivada a alguns fatores estranhos, outros óbvios, enquanto outros são apenas curiosos. Ora veja os seguintes pontos chave:
- Atritos entre a indústria de computadores e indústria mobile
- Ecossistema fraco ou não existente
- Baterias de baixa capacidade, e componentes demasiado ‘esfomeados’ energeticamente
- Peso excessivo
- Preço ainda mais excessivo
Dito tudo isto, vamos falar um pouco da história deste aparelho, começando por um dos primeiros Pocket PCs alguma vez lançados, o Apple Newton de 1993. Um aparelho capaz de reconhecimento de escrita à mão, várias apps pré-instaladas, interface com suporte a caneta, etc… Mas uma bateria que era uma autêntica vergonha, e um sistema de passagem de ficheiros demasiado complexo. Além de tudo isto, estamos a falar de uma máquina que custava 1000$ em 1993, qualquer coisa como 1800$ em 2020.
Posteriormente, tivemos o IBM Simon, o Pocket PC que é apontado por muitos como o primeiro smartphone. No entanto, devido a um suporte fraco de aplicações, rapidamente desapareceu no mercado. Apenas foram vendidas 50.000 unidades.
Na altura, o minimalismo era a palavra de ordem no mercado de smartphones!
Em 1993, as fabricantes queriam lançar os smartphones mais pequenos e mais leves possÃveis, ao mesmo tempo que a bateria era o maior foco de todo o aparelho. Em suma… Uma altura bem diferente da atual! 😀
Assim, a sugestão que talvez fosse boa ideia lançar um aparelho mais poderoso, mas maior, mais pesado e com menos bateria. Era uma simples estupidez na cabeça dos executivos das mais variadas fabricantes.
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