Ainda ninguém conhece ao certo as sequelas do novo Coronavírus e nem tão pouco todos os métodos de transmissão. Da mesma forma, a origem continua a ser duvidosa. As evidências genéticas confirmaram que o vírus teve origem nos morcegos chineses antes de passar para os seres humanos através de outro intermediário. No entanto, ao contrário do que sempre se pensou, o mercado de Wuhan pode não ter sido a origem do COVID-19 que mudou a nossa forma de viver e causou milhares de mortes em todo o mundo.
Revelação: COVID-19 não teve origem no mercado de Huanan!
Inicialmente e como relata o Business Insider as autoridades Chinesas relataram que os primeiros casos do vírus surgiram no mercado local de Huanan. Mas, após uma investigação aos animais lá vendidos, os Centros Chineses de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) revelaram que descartaram o local como o ponto de origem do surto.
De acordo com o Wall Street Journal, Gao Fu, diretor do CDC chinês, afirmou à imprensa estatal chinesa que o mercado foi uma das vítimas.
As amostras recolhidas de animais no mercado apresentaram resultados negativos para o novo coronavírus, sugerindo que eles não poderiam ter infectado os compradores.
No entanto não é a primeira vez que há casos ligados ao mercado
Foi no dia 31 de Dezembro que as autoridades de Wuhan informaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) acerca de uma doença desconhecida semelhante a pneumonia que mais tarde seria identificada como o novo coronavírus.
A maioria dos 41 casos iniciais estavam, de facto, ligados a este mercado que foi encerrado a 1 de Janeiro. Dado que o surto de SARS em 2002 e 2003 começou num local semelhante em Guangdong, China, este mercado parecia uma origem lógica.
Mas nenhum dos animais no mercado apresentou resultados positivos para o vírus e de acordo com Colin Carlson, zoólogo da Universidade de Georgetown, se nunca foram infectados, não poderiam ter sido o hospedeiro intermediário que levou a propagação.
Um grupo de pesquisa que continua a aumentar apoia a conclusão do CDC chinês de que as origens do surto não estão relacionadas com o mercado. É que o vírus estava a circular em Wuhan antes desses 41 casos. A primeira pessoa deve ter sido contaminada a 1 de Dezembro e apresentou sintomas a 8. O estudo também descobriu que 13 dos 41 casos originais não mostravam ligação com o mercado.
A identidade do “paciente zero” não foi confirmada, mas pode ter sido um homem de 55 anos da província de Hubei na China que foi infectado a 17 de novembro, segundo o South China Morning Post (SCMP).
O mercado pode ter sido apenas um foco de infecção para o COVID-19 dado o número de pessoas que o visita
Ou seja, se estivessemos num festival de música com milhares de pessoas aconteceria o mesmo que se passou no mercado de Wuhan.
O coronavírus também não foi criado em laboratório
Questões persistentes acerca da origem da pandemia deram origem a uma série de teorias infundadas. Falou-se que o coronavírus podia ter escapado acidentalmente de um laboratório local, o Instituto Wuhan de Virologia (WIV), no qual os cientistas estavam a realizar uma pesquisa.
No entanto, investigadores chineses e norte-americanos disseram que não há evidências para apoiar essa teoria. O laboratório de alta segurança afirma que não possui registo do genoma do novo coronavírus e segue rigorosas medidas de segurança.
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