Nos últimos anos, os sistemas operativos como o Android ou iOS, que apenas estavam disponíveis nos smartphones, deixaram estes equipamentos e chegaram a outros dispositivos como televisões, relógios e até aos próprios automóveis. De facto, apostas como o Android Auto e Apple CarPlay prometeram desde logo serem uma solução para se evitar o uso do smartphone enquanto conduzimos. No entanto, parece que a solução não é muito melhor do que o problema original. Pelo menos, é o que um novo estudo revela.
Android Auto e Apple Car Play são mais perigosos que os smartphones
Hoje é proibido utilizarmos o smartphone quando estamos a conduzir, bem como operarmos os veículos sob influência de álcool ou outras substâncias. O objetivo destas proibições não é outro senão evitar qualquer causa que nos impeça de perder a concentração ao volante.
Eventualmente e olhando para este estudo, sistemas como o Android Auto e Apple Car Play, podem vir a ser proibidos também.
Estes sistemas são muito completos e interessantes. De facto, revelam informações muito úteis no painel. Ainda assim, também podem representar um enorme perigo, por isto mesmo.
No estudo IAM RoadSmart, foram comparados os tempos de reação. Normalmente, no caso de quem está a conduzir é de um segundo.
Excedendo a taxa de álcool, o tempo de reação é 12% mais lento, enquanto após consumir cannabis o tempo aumenta para mais 21%. Depois chegam os sistemas operativos nos dispositivos móveis.
Smartphone:
Mãos livres: 27% mais lento.
Escrever: 35% mais lento.
Segurar o smartphone com as mãos: 46% mais lento.
Android Auto:
Mãos-livres: 30% mais lento.
Tocar no ecrã sensível ao toque: 53% mais lento.
Apple CarPlay:
Mãos-livres: 36% mais lento.
Tocar no ecrã sensível ao toque: 57%
Nesta comparação o CarPlay da Apple parece ser o sistema que mais distrai.
É verdade que estes estudos valem o que valem e existem opiniões muito diversas acerca deste assunto. Pessoalmente, acho-os úteis até porque podemos fazer muitas coisas através de comandos de voz.
No entanto e em última análise é algo que depende muito do condutor. Ainda assim, estas estatísticas devem ser um sinal para quem desenvolve estes sistemas. Por mais que haja utilizadores, ou melhor, condutores que não se deixam afetar pelo uso da tecnologia, existem outros que sim. Assim, será, necessário simplificar alguns sistemas para que a intervenção manual dos utilizadores tenha de ser pouca.
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