Há duas palavras que assustam ou devem assustar quem tem um computador. Falo concretamente de “intrusão” e “execução de código remoto”. A primeira permite que um utilizador mal intencionado tenha acesso ao que temos no nosso computador. A segunda permite instalar e correr aplicações (e código) para os mais variados fins. De facto são duas questões que até se misturam. Ora a versão do WhatsApp no Windows e Mac tinha uma falha muito grave. Na prática permitia que um utilizador mal intencionado acedesse a ficheiros do computador da vÃtima e até executasse código remoto.
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A vulnerabilidade que tem a elevada classificação de 8.2 pela sua gravidade, foi descoberta pelo investigador de segurança Gal Weizman e até acaba por ser bem antiga.
De facto, as suas origens datam até 2017 em que ele descobriu a possibilidade de alterar o texto da resposta de outra pessoa. A partir daà ele percebeu que conseguia criar mensagens que pareciam fidedignas mas que na prática permitiam um redirecionamento para onde ele quisesse. Depois e investigando ainda mais esta questão conseguiu usar Javascript para deixar uma bela porta aberta.
Ora através dessa porta era possÃvel aceder-se a ficheiros que estavam localmente na máquina e também era possÃvel executar código remoto.
Levando ainda mais fundo a sua investigação, Gal Weizman concluiu que tudo isto funcionava uma vez que as versões da aplicação WhatsApp para computador eram baseadas no Chrome 69. Uma versão muito antiga do browser da Google.
De facto, esta vulnerabilidade foi descoberta quando o Chrome já estava na versão 78. Ora se o WhatsApp fosse mantendo o motor que usava atualizado, nomeadamente implementando as últimas versões do Chrome, esta falha de segurança nunca teria acontecido.
Entretanto, o Facebook afirmou que esta vulnerabilidade, CVE-2019-18426, afeta a aplicação para computador do WhatsApp até à versão 0.3.9309.
Dito isto, se tiver o seu WhatsApp para computador atualizado já não terá de se preocupar com este problema.
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