No primeiro trimestre de 2017, a Fitbit era o principal fabricante de smartbands do mundo. No entanto, esta conhecida marca tem sido destronada por empresas como a Xiaomi e a Apple. Embora esta empresa ainda esteja entre os 5 principais fabricantes de dispositivos portáteis, a sua participação de mercado está muito longe da do líder de mercado Apple. Olhando para os dados da IDC para o terceiro trimestre de 2019, a Fitbit enviou para distribuição uns insignificantes 3,3 milhões de wearables, enquanto a Apple enviou cerca de 29,5 milhões e a Xiaomi 12,4 milhões, respectivamente.
As smartbands podem ser uma ferramenta de deteção da gripe
Apesar da baixa participação de mercado, os wearables da Fitbit continuam a ser alguns dos melhores equipamentos orientados para o fitness e saúde do mercado. Entretanto, um estudo realizado nos EUA descobriu uma das funcionalidades ocultas na maioria destes dispositivos. Trata-se da capacidade de poder ajudar os utilizadores a saber se estão encriptados – e alertar as autoridades de saúde para que se preparem para ajudar.
O estudo constatou que os dados da frequência cardíaca e do sono destes equipamentos de fitness podem prever e alertar as autoridades de saúde pública acerca de surtos de gripe em tempo real com mais precisão do que os métodos de vigilância atuais.
O estudo utilizou dados de mais de 47.000 utilizadores Fitbit. Todos em cinco estados dos EUA.
Os resultados, publicados na revista The Lancet Digital Health, mostraram que, usando os dados do Fitbit, as previsões de surtos de gripe foram melhoradas e aceleradas.
Para este estudo, a equipe de Radin analisou os dados de 200.000 pessoas. Neles, os Fitbits acompanharam a atividade, a frequência cardíaca e o sono ao longo de pelo menos 60 dias durante o período de estudo de março de 2016 a março de 2018. Dos 200.000, 47.248 utilizadores da Califórnia, Texas, Nova Iorque, Illinois e Pensilvânia usaram um Fitbit de forma consistente durante este período. A idade média foi de 43 anos e 60% eram do sexo feminino.
A frequência cardíaca em repouso e a duração do sono dos utilizadores foram registados. Foram também sinalizados como anormais se a frequência cardíaca semanal média estivesse significativamente acima da média geral e a média semanal de sono não estivesse abaixo da média geral. Os dados foram comparados com as estimativas semanais dos Centros de Controlo de Doenças dos EUA para doenças semelhantes à gripe.
Obviamente, que são necessários mais estudos para se perceber realmente se estes equipamentos conseguem detectar gripe com eficácia. No entanto, como afirma Rosalind Eggo, especialista em saúde pública da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, o estudo é uma indicação de que as smartbands são promissoras como uma ferramenta de vigilância de doenças. Ainda assim, é necessário mais trabalho. Tudo “para avaliar a confiança destes dados ao longo do tempo. Entretanto é preciso também percebermos quão específicas são essas medições para a gripe e quão representativos são os utilizadores Fitbit em relação à população”
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