Carros elétricos – Como funciona a produção e reciclagem das baterias? – Para muitos consumidores, mais automóveis elétricos na estrada significa menos gasto de gasóleo/gasolina, o que por sua vez significa menos extração de petróleo, menos combustível queimado, menos dióxido de carbono na atmosfera e menos impacto ambiental.
No fundo, é a maneira de ajudar o ambiente, sem deixar o nosso conforto atrás do volante de lado. No entanto, a verdade é que também existe um custo ambiental e humano associado ao uso de um veículo elétrico.
Afinal de contas, as baterias que equipam estes carros e na verdade… Muitos dos nossos aparelhos electrónicos, são baseadas em minerais raros que apenas existem em países pobres ainda em desenvolvimento, como é o caso do cobalto, um mineral famoso por ser minerado por crianças.
Quem realmente quer comprar um carro elétrico tem de ter consciência de todo o impacto ambiental e humano da sua produção
Fique a saber que a produção de baterias de lítio corresponde a emissões de 150 a 200 kg de dióxido de carbono por cada kWh de energia gerada pela bateria.
Desta maneira, um Tesla novo com 0KM feitos, equipado com uma bateria de 100 kWh (a bateria com maior capacidade de armazenamento no mercado actualmente), já enviou 15 a 20 toneladas de CO2 para a atmosfera! Portanto, para ter noção, um automóvel a gasolina com emissões de 120 g/km necessita de percorrer 125 mil quilómetros para emitir a mesma quantidade de dióxido de carbono.
Ainda assim, tem de ser dito que devido à eficiência dos motores elétricos em comparação com os atuais veículos a combustão, um carro elétrico irá ser responsável por cerca de 80% das emissões de um carro tradicional.
Então, e no fim do ciclo de vida de um carro elétrico… O que acontece às baterias?
Ainda se fala muito na potência de um automóvel, mas a verdade é que nos carros elétricos, o que pode fazer a diferença para mais ou para menos em termos de performance e também de alcance é a densidade em kWh da sua bateria. O que claro, não está relacionado com o motor elétrico a bordo.
Em suma, a bateria é o componente chave mais caro de um carro elétrico. E pelos vistos, as coisas vão ser assim durante muito tempo… Assim, cheia de tecnologia e química, o dispositivo que armazena energia nestes automóveis já é uma grande preocupação da indústria e consumidores! A pergunta é: O que fazer com a bateria de um carro elétrico?
Apesar dos investimentos na tecnologia estarem a aumentar de forma bastante significativa. Não existem grandes esforços para avançar com processos de reciclagem… A foco das fabricantes está neste momento essencialmente em garantir lítio suficiente para os próximos anos de produção. (A VW já garantiu reservas para os próximos 20 anos.)
Infelizmente, o facto de cada fabricante apostar em determinadas tecnologias e processos químicos diferentes para obter o maior rendimento das células. Vai fazer com que o processo de reciclagem seja um autêntico pesadelo. Muito resumidamente, estamos a falar de uma falta de ‘standardização’ do processo.
O lítio é muito provavelmente o petróleo ou ouro da era moderna
A busca pelo lítio promete elevar em quatro vezes o consumo da principal matéria-prima das baterias. E caso não saiba, em 2025, os carros vão ser responsáveis por 90% da produção mundial deste componente essencial.
Sim! 90%… Os milhões de aparelhos que utilizam baterias de lítio como os smartphones, smartwatches, tablets, calculadoras, etc… Vão ser apenas 10% do mercado de baterias.
Ou seja, enquanto existirem reservas de lítio no planeta, o descarte ou reciclagem das baterias irá ser sempre um assunto secundário nesta corrida ao ouro. Ainda assim, existem várias empresas a investir e a preparem-se para o que aí vem, como é o caso da OnTo Technology dos Estados unidos, que prevê uma indústria super robusta e lucrativa no ano de 2025, ao produzir materiais para produção de eléctrodos para novas baterias a partir de unidades usadas, em vez de decompor cada elemento de forma individual.
Carros elétricos – Como funciona a produção e reciclagem das baterias? – Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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