Porquê é que os smartphones dobráveis são uma má ideia? – Hoje em dia vivemos uma era tão tecnológica, que em qualquer esquina irá ver carros elétricos com piloto automático, trotinetes elétricas controladas por uma simples aplicação, e até uniciclos com sensores que não deixam o utilizador estatelar-se no chão. Dentro de nossas casas, podemos também encontrar PCs super potentes, capacetes VR, e nas nossas mãos telemóveis com 4 câmeras capazes de zoom ótico até 5x, e ecrãs quase a ocupar a totalidade da frente do smartphone.
Em suma, existe uma série de coisas à nossa volta que gritam… “Nós estamos a viver no futuro!”
Dito isto, se quiser algo no seu bolso, que o faça lembrar de tudo o que disse em cima. Não procure mais, apenas precisa de um smartphone dobrável… Mas onde é que eles andam???
Como deve saber, o primeiro smartphone que começou a chamar a atenção dos consumidores, foi o Samsung Galaxy Fold. No entanto, vários problemas no design fizeram com que o aparelho fosse adiado. (Mas aparentemente vai ser lançado novamente em Setembro)
Isto acabou por provar, que produzir e lançar um smartphone dobrável, é muito mais do que apenas pegar numa dobradiça e implementá-la num ecrã flexível.
Então, porquê é que apostar nos smartphones dobráveis é ainda uma má ideia?
A primeira coisa é considerar, é a espessura mínima que um ecrã dobrável precisa de ter, para poder ser usado no dia a dia. Afinal de contas, ninguém vai querer comprar um telemóvel super grosso que mais parece ter chegado diretamente dos anos 80.
O que lá está, significa que tanto o ecrã como o ‘digitizer’, precisam de ficar abaixo do 1mm de espessura. Além disto, o corpo e hardware que vai dar vida a todo o aparelho, precisam não só de ser super finos, como também robustos. (Para proteger o ecrã OLED, que é extremamente frágil)
O que nos leva aos Yields!
Caso não saiba, os ‘Yields’ são no fundo a quantidade de ecrãs que saem das linhas de produção 100% funcionais.
Enquanto um ecrã OLED normal que encontramos nos smartphones atuais tem um ‘Yield’ ~66%… Um ecrã OLED flexível, por sua vez, tem um ‘Yield’ de apenas ~30%
Portanto, estes smartphones não são apenas caros devido às novas tecnologias em que se baseiam. Além disto, também têm um custo de produção super alto, devido a todo o desperdício existente nas linhas. (Não nos podemos esquecer, que até as unidades defeituosas, fizeram com que fosse gasto tempo de produção)
Os materiais utilizados num smartphone dobrável
Como deve imaginar, um smartphone dobrável… Tem de dobrar! Por isso, o ecrã não pode utilizar a tradicional camada de vidro Gorilla Glass que tanto gostamos. Um vidro que nos últimos tempos não só se tornou resistente aos riscos, como também à quebra em quedas.
Assim, em vez deste material resistente, as fabricantes são obrigadas a utilizar uma muito menos robusta e fina camada de plástico. Por cima do ecrã OLED flexível.
Em suma, um aparelho que já é bastante frágil, fica ainda mais susceptível aos vários perigos do dia a dia.
Além disto, temos de ter em consideração, que uma das primeiras leis de qualquer aparelho eletrónico… É não ter, ou ter o mínimo número possível de peças móveis dentro do seu corpo. Pois bem, num smartphone dobrável, estamos a pegar nesta lei, e estamos basicamente a dar-lhe um ‘chuto no rabo’! Visto que bem no meio do smartphone, temos uma peça vital que é no fundo, uma peça móvel… A dobradiça.
Porquê é que os smartphones dobráveis são uma má ideia? – Conclusão
A ideia de ter um smartphone que de um momento para o outro se pode transformar num tablet… É brutal! Não estamos a falar mal do conceito assim. Nós queremos que estes smartphones sejam um sucesso.
O que estamos a querer dizer, é que é uma tecnologia que não pode ser apressada. Ser o primeiro em alguma coisa é quase sempre bom… Mas se não for uma tentativa digna desse nome, mais vale estar quieto.
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