Os smartphones estão cada vez mais caros, uma tendência que começou com o iPhone X em 2017, e que todas as fabricantes seguiram sem grandes problemas. Aliás, até as marcas ‘Budget’ como a OnePlus há muito que deixaram de ser a alternativa ‘budget’, para começarem a apostar forte e feio na qualidade de construção, e claro nas margens de lucro.
Afinal de contas, se for hoje a uma loja de smartphones, irá encontrar a versão base do iPhone 11 Pro Max a 1279€, a versão base do Galaxy S10+ a 1029€, e finalmente a versão base do P30 Pro a 999€.
Isto já para não falar do preço dos muito esperados smartphones dobráveis da Samsung e Huawei, que irão custar 2000€ e 2600€, respectivamente.
Os preços dos smartphones subiram exponencialmente nos últimos anos!
A Apple, Samsung e até a Huawei que entrou no mercado como uma marca focada na ’Qualidade/Preço’, estão agora a pedir centenas de euros a mais, em relação àquilo que pediam há 3 ou 4 anos atrás.
E caso não saiba, com a chegada dos smartphones dobráveis e redes 5G, é provável que o teto máximo aumente ainda mais nos próximos tempos.
O que nos leva a perguntar… Porquê esta subida astronómica?
Existem várias razões para estes aumentos de preço. Algumas boas, outras más.
Afinal de contas, os preços têm subido em toda a linha. Mas vamos focar-nos um pouco na Apple, que foi quem começou esta tendência com o iPhone X.
Os consumidores já não trocam de telemóvel todos os anos!
Em 2017, os consumidores Norte Americanos ficavam com o mesmo smartphone, em média, 2 anos. O que não parece muito, mas é uma média que tem subido drasticamente nos últimos tempos. (Hoje em dia, em 2019, os consumidores só mudam de telemóvel de 3 em 3 anos ou mais).
Mas a razão é provavelmente mais interessante que isto! É que desde o lançamento do primeiro iPod, que a Apple quebrou recordes de receitas. (Ano após ano, trimestre após trimestre!)
Contudo, em 2016 aconteceu o inesperado… A Apple falhou o 14º ano consecutivo de recordes!
Como é óbvio, mesmo ao falhar a meta, a Apple fez muito muito dinheiro. Cerca de 50 mil milhões de dólares em apenas três meses. Mas infelizmente, os accionistas não se contentam com resultados aquém do esperado. E como é agora mais que óbvio… A Apple vive, e a Apple morre pelo iPhone… Ou seja, na altura, o iPhone correspondia a 65% de todas as vendas da empresa.
Curiosamente, é muito por causa desta percentagem avassaladora, que a empresa anunciou há alguns meses que se irá focar nos serviços, deixando o hardware um pouco para trás.
Dito isto, para voltar aos recordes, a Apple tinha de vender mais iPhones, ou ganhar mais dinheiro em cada iPhone vendido… E assim, podem dizer olá ao iPhone X.
Foi aqui que a Apple decidiu apostar no aumento de preços, o que infelizmente, não tem valido de muito à empresa Norte Americana.
Mas o problema é mais sério, é que em vários países, os consumidores faziam contratos com as fornecedores de rede móvel. De forma a adquirir um telemóvel topo de gama, a um preço muito mais baixo. Nos Estados Unidos, era possível ter um iPhone por apenas 200$.
No entanto, estes contratos foram descontinuados, ou seriamente ‘nerfados’. Por isso, os consumidores começaram a comprar menos telemóveis, e os preços destes tiveram de aumentar significativamente.
Um telemóvel em 2019, é um ‘bicho’ completamente diferente, em comparação a um telemóvel de 2014 ou 2015!
Os telemóveis evoluíram bastante nos últimos tempos! Temos ecrãs a ocupar mais de 95% da parte frontal, ecrãs OLED de grande qualidade, 3/4 ou 5 câmeras na traseira, montes de memória RAM e quantidade de armazenamento.
Isto já para não falar de um aumento significativo na qualidade de construção e resistência a pó e água.
Algo que foi obviamente conseguido, com um grande investimento nos componentes!
Para ter noção do aumento dos custos, o preço dos componentes de um iPhone 4 em 2010, perfazia um total de 200$. No entanto, se fizer as contas para o iPhone XS Max, chega facilmente aos 400$.
Claro que isto continua a ser um preço vastamente inferior ao preço pedido no balcão da loja. Mas não inclui os custos de desenvolvimento, produção, suporte, marketing e claro a margem de lucro da empresa.
Em suma, na realidade, não foi tanto o aumento de preço do iPhone, mas sim o aumento da exigência na produção do equipamento. E esta explicação serve perfeitamente para todas as outras fabricantes de smartphones no mercado.
Para finalizar, é verdade que os preços subiram… Muito! Vai ter de gastar significativamente mais dinheiro hoje, do que teria de gastar há 3 ou 4 anos.
Mas existe uma diferença séria na qualidade do produto que pode obter agora. Aliás, é bem provável que o smartphone que compre agora, dure muito mais tempo, em relação ao telemóvel que adquiriu em 2014 ou 2015.
Ainda assim, é preciso ter em conta, que não é obrigado a comprar um smartphone topo de gama… Até porque a gama média está muito melhor agora!
Apesar dos smartphones ‘Premium’ custarem um rim ou um pulmão. A verdade é que não precisa de um telemóvel destes, para o seu dia a dia. Tem imensa escolha brutal, na gama média, que não irá ultrapassar os 300€. Como pode exemplo o Moto G7, Mate 30 Lite, Xiaomi Mi 9 SE, Honor 10 Lite, etc…
E mesmo que precise de um smartphone ‘de topo’, pode sempre optar por um OnePlus 7, ASUS ZenFone 6 ou até um Xiaomi Mi 9. Que oferecem características Premium, a um preço muito mais em conta.
Ora veja o caso da ASUS, que nem tem mãos a medir com a sua mais recente aposta:
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