É uma época estranha para a Sony que por um lado sorri, por outro, vive tempos difíceis. A PlayStation 4 está prestes a atingir 100 milhões em vendas. No entanto, a força de trabalho ligada aos dispositivos móveis vai ser cortada pela metade até 2020, pois só conseguiu vender 6,5 milhões de unidades Xperia no ano fiscal de 2018, contra 13,5 milhões no mesmo período em 2017.
O mercado de smartphones é altamente competitivo. A menos que se trate de uma Huawei, Samsung, OnePlus ou até mesmo a Xiaomi, as hipóteses de sobrevivência são muito baixas.
É preciso, por vezes, batalhar muito para se conseguir pouco. Pode ser por isso que a Sony vive tempos difíceis.
Isto torna-se especialmente verdade quando, embora não pareça, o mercado sofre uma das piores recessões enfrentadas pela indústria global de smartphones. De facto e segundo a IDC, os envios mundiais para distribuição devem ficar à volta dos 1,3 mil milhões de unidades. Este é um declínio pelo terceiro ano consecutivo.
Influenciada por isto foi revelado no mais recente relatório de lucros que a Sony vive tempos difíceis nos dispositivos móveis.
Dito de outro modo, teve uma “queda significativa nas vendas de smartphones”.
Para evitar mais danos, a empresa vai apostar no downsizing. Assim, em março de 2020, a Sony terá 2.000 cortes de postos de trabalho entre os 4.000 funcionários desta divisão de dispositivos móveis. No entanto, alguns dos colaboradores afetados pela re-estruturação serão transferidos para outras divisões. Isto caso trabalhem no Japão. Quem está na Europa e na China terão direito a “reforma” voluntária.
É verdade que a gama de smartphones Xperia, da Sony, tem um nicho de seguidores. No entanto, a lealdade à marca não é suficiente para manter viável o negócio de dispositivos móveis.
Agora teremos de aguardar para ver como correm as coisas.
No entanto, se esta tendência continuar, a Sony pode acabar por vender a sua divisão de dispositivos móveis como fez com o negócio dos PCs, a VAIO há alguns anos. Também a pode encerrar completamente, uma vez que é o único segmento que está a dar prejuízo a esta empresa.
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