As zonas de guerra também já estão bem conectadas

Comunicações em zonas de Guerra! – Quando pensamos em tecnologia militar, pensamos em tanques, helicópteros e câmeras termais de alta tecnologia.

Afinal de contas, estas ferramentas de ataque/defesa, novas tecnologias de transporte e novos aplicativos de missão crítica têm um desempenho fundamental na modernização de ferramentas de guerra… Mas não podemos esquecer a maneira como os computadores e outros instrumentos se desenvolveram para manter os soldados, os seus entes queridos e até os seus inimigos em contacto.

Comunicar a partir do quartel

zonas de guerra

Militares do século XXI têm a vida facilitada… pelo menos em comparação com os seus antecessores no que diz respeito a meios de comunicação.

Durante a primeira guerra mundial, a única forma de comunicação dos soldados com a sua família era através de cartas. Que infelizmente, demoravam muito tempo a chegar, ou até nem chegavam ao terreno.

Contudo, hoje em dia, há toda uma série de opções, desde o Skype até ao Facetime! E até e-mails e mensagens escritas. Homens e mulheres já não têm de passar largos meses com pouco ou nenhum contacto com os seus cônjuges, filhos, e amigos, que por sua vez também se sentem menos isolados.

Contudo, zonas de guerra tendem a ser zonas solitárias, com tendência a condições extremas, muitas vezes localizadas em países com velocidade de banda larga mais baixas e níveis de cobertura igualmente baixos.

A pergunta é, como é que os militares conseguem entrar em contacto com as pessoas em casa a partir dos seus quartéis no meio do nada?

Uma conexão sem interrupções depende de torres de telemóveis, circuitos, cabos de telecomunicação de alto desempenho, e uma série de sistemas complexos de computadores militares. Felizmente, fornecedores de todo o lado do mundo estão a responder às necessidades desta indústria de defesa enquanto mantêm os seus padrões de confiança e segurança aos níveis mais elevados de sempre.

Para além disso, organizações sem fins lucrativos como a Agency for Technical Cooperation and Development estão a ajudar a construir (e reconstruir) serviços de internet em zonas de guerra. Nestas alturas, manter o contacto não é só uma questão de manter a conversa em dia com a família ou amigos depois de um longo dia de trabalho. Pelo contrário, manter o contacto é uma necessidade urgente! Nomeadamente, em termos de encomendar bens necessários, manter a ligação com médicos em zonas urbanas e até assegurar água potável e electricidade.

Mas não são só grandes ONG e fornecedores de B2B que fazem a diferença.

Há uma aplicação para isso

as zonas de guerra também já estão bem conectadas

Vivemos num mundo onde há praticamente uma aplicação para tudo! Desde da monitorização do número de passos que damos por dia até ao controlo dos nosso hábitos financeiros. Acaba por não ser grande surpresa que também existam aplicações desenhadas para manter pessoas em zonas afectadas pela guerra em contacto.

A tendência para a tecnologia SOS começou em 2014, quando a aplicação “I Am Alive” foi criada no seguimento de um atentado suicida no Líbano.

A ideia por trás da aplicação é simples:

Na sequência de um ataque a rede de internet pode cair facilmente à medida que mais e mais pessoas tentam entrar em contacto com os seus familiares.

A solução? Através de um clique fácil e rápido… Uma mensagem a anunciar que cada pessoa está a salvo é enviada automaticamente para várias plataformas de redes sociais.

A rede interna da aplicação também permite aos utilizadores acesso a serviços de localização atualizados de hora a hora. O que em suma, pretende aliviar os níveis de preocupação por aqueles que continuam temporariamente desaparecidos.

Claro que aplicações só funcionam com ligação à internet ou internet móvel, certo?

Não necessariamente com a Freecom, uma aplicação grátis criada por um engenheiro de software da Síria com 27 anos.

Freecom permite que as pessoas comuniquem através de mensagens, chamadas e redes sociais! Tudo através de conexões seguras e encriptadas nas quais outras pessoas não podem assistir nem controlar dados.

Isto significa que a aplicação pode ser utilizada quando não há conexão, ou mesmo quando a conexão é interrompida. O que no fundo, acontece frequentemente em países oprimidos, especialmente em zonas de conflito.

Tecnologia para soldados, civis e… Todo o resto

as zonas de guerra também já estão bem conectadas

Embora seja claro a forma como a tecnologia nos tem ajudado a manter o contacto quando mais precisamos.

Os poderes da internet não estão limitados àqueles que pretendem usá-la para fins benéficos.

Portanto, desinformação e propaganda espalham-se facilmente através das redes sociais, o que pode influenciar recrutas e ataques podem ser promovidos. De uma certa maneira, a internet tem-se tornado um próprio campo de guerra

Em suma, é óbvio que nada é perfeito… E como cidadãos temos de assumir alguma responsabilidade.

Afinal, através da literacia digital podemos evitar ser alvos de manipulação! E assim continuar a promover negócios, pessoas, e o próprio governo a libertar nações e pessoas através da tecnologia em vez de a usar como uma ferramenta contra os mesmos.


Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opinião, nos comentários em baixo!

Siga a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal.

Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

Leia também