8K adiado! Porquê? – Como temos tido a oportunidade de ver no mundo dos processadores, e placas gráficas, mesmo com a utilização dos processos de produção mais avançados, mais performance = maior consumo de energia, e mais calor para dissipar.
Nos últimos tempos, com o avanço da tecnologia, naquilo que tem sido uma autêntica corrida para chegar a números incríveis, em qualquer submercado do mundo da tecnologia, é inegável que o consumo de energia tem vindo a subir de forma assustadora… Aliás, é cada vez mais normal ver fabricantes a deixar a eficiência energética para trás, para se focarem na performance dos seus produtos.
Afinal de contas, se as rivais estão a fazer isso, não é sequer uma alternativa ser a opção amigo do ambiente. Até porque, como deve saber, no geral, o consumidor nunca está muito interessado na eficiência energética de um produto, mas sim na performance pura e dura, ou na qualidade/preço na altura da compra.
É exatamente por isto que a União Europeia está a planear implementar medidas mais duras, o que claro está, pode acabar por adiar a massificação das TVs 8K.
8K adiado! Porquê? Gasta muita eletricidade!
Portanto, caso não saiba, em Março de 2019, a União Europeia definiu um índice de eficiência energética para aparelhos eletrónicos, denominado de EEI. Esta ‘tabela’ tem em conta o tamanho do ecrã, e o seu consumo. Dito isto, pela regulamentação, ecrãs com resolução 8K, e aparelhos baseados na tecnologias microLED, vendidos a partir do dia 1 de Março de 2023, têm de ter o mesmo EEI da generalidade das atuais TVs 4K.
Onde está o problema?
Bem, as TVs 4K já existem há uns quantos anos! Como tal, as fabricantes já tiveram a oportunidade de refinar as suas linhas de produção, para atingir um bom nível de maturidade, e eficiência. O mesmo não acontece com as TVs 8K. É que apesar do nome ser uma duplicação, a verdade é que no número de píxeis, uma TV 8K tem quatro vezes mais píxeis comparativamente a uma TV 4K.
- 4K – 8.3 milhões de píxeis
- 8K – 33 milhões de píxeis
Além do aumento massivo no número de píxeis para ‘alimentar’, também existem outros requisitos no campo do processamento de imagem, o que claro está, significa um aumento no consumo de energia bastante significativo. Sendo exatamente por isso que não existe, ainda, TVs 8K capazes de cumprir a regulamentação Europeia. Pior que isto, todas as TVs 8K ainda no mercado, vão acabar banidas do território a partir de Março.
Nem tudo é mau!
Em suma, com esta ameaça a pairar sobre a cabeça das fabricantes, a verdade é que o desenvolvimento atingiu outros níveis! Com várias marcas a testar novas “receitas”, para tentar atingir os requisitos mínimos.
É curioso! Por vezes, este tipo de regulamentação, apesar de limitativa, acaba por meter algum fogo debaixo do traseiro das marcas. Para se mexerem, e assim alcançarem produtos mais aliciantes para o mercado.
Ainda assim, existem alguns processos em movimento, para tentar chegar a consenso entre as regras que entram em vigor no próximo ano, e o que a EU definiu até aqui.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Acha que a eficiência energética é mais importante que o desenvolvimento da tecnologia? Só a performance interessa? O que pensa sobre tudo isto? Antes de mais nada, partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.