4K devia ser banal em 2023, mas começa a ser Premium!

Hoje em dia, qualquer TV que compre, por mais barata que seja, é muito provavelmente Smart, e tem uma resolução nativa de 3840 * 2160 píxeis, a muito famosa resolução 4K.

Aliás, até o mundo dos monitores está a evoluir neste sentido, com uma grande aposta num aumento de resolução, e adoção de tecnologias de painel mais avançadas, de forma a oferecer uma melhoria significativa no consumo de conteúdo multimédia.

Isto significa que é possível jogar vários tipos de títulos em 4K, ver séries e filmes em 4K, ou até ver as fotos e vídeos que filmou no seu smartphone topo de gama, que hoje em dia até são capazes de gravar em 8K, tudo isto a partir de um aparelho equipado com um ecrã de grandes dimensões, e píxeis para dar e vender.

Porém, em 2023, um ano em que a velocidade e a largura de banda da Internet é tudo menos um problema, mesmo em ligações móveis (Qual é a largura de banda necessária para conteúdo multimédia? 5 Mb/s para vídeos em Full HD (1080p) e 25 Mb/s para vídeos em UHD (4K))… O 4K está a deixar de ser banal!

Infelizmente, esta resolução está agora a ficar fechada atrás de subscrições premium significativamente mais caras, e pouco práticas. O que se passa?

4K devia ser banal em 2023, mas começa a ser Premium!

Portanto, como deve saber, qualquer subscrição a um serviço de streaming de conteúdo multimédia, pede mais dinheiro pelo acesso a resoluções mais altas. Sendo exatamente por isso que o pacote mais apetrechado e caro da Netflix, custa agora 15.99€. (Um valor que deverá aumentar ainda em 2023, em Portugal).

Dito isto, num mundo tecnológico que já começa a apontar para os 8K, como pode ver na imagem em cima, as coisas parecem estar a ficar mais complicadas para quem gosta de ter acesso a conteúdo de alta resolução.

Ao fim e ao cabo, a Google também parece estar a planear meter a resolução 4K como uma funcionalidade exclusiva para quem tem uma subscrição ao serviço YouTube Premium. (Isto já esteve em teste, em algumas regiões do globo, e vai muito provavelmente avançar ainda em 2023!)

Além de tudo isto, ontem ficámos também a saber que a resolução 4K da plataforma de streaming HBO Max (agora apenas Max) vai ser um exclusivo do patamar mais alto da subscrição, que nos Estados Unidos significa uma mensalidade de 19.99$. (Valor em Euros, em Portugal, ainda desconhecido. Mas vai certamente ser superior a 20€.)

Será apenas o início?

No lado do YouTube, se tivermos em conta que a grande maioria do consumo de conteúdo da plataforma é feito a partir do smartphone, ver a resolução 4K reservada aos subscritores Premium não é de todo o fim do mundo. Mas, é um preparar do terreno para ganhar dinheiro com a evolução tecnológica no mundo mobile. Algo que a Google está a aproveitar, porque cada vez mais existe a ideia de que o streaming de conteúdo 4K é “caro”. Spoiler… Não é! Caso contrário, a Google não andava a oferecer streaming 4K há anos, de borla.

Afinal, com o aumento das otimizações no campo do hardware e software. É apenas uma questão de tempo até que as grandes fabricantes comecem a apostar em ecrãs capazes de oferecer resoluções mais altas, como é o 4K. Aliás, smartphones topo de gama equipados com painéis OLED QHD é extremamente comum nos tempos que correm. Isto apesar do uso de tecnologias de resoluções dinâmicas para a poupança da autonomia da bateria.

Por isso, “plantar” a ideia de que o 4K é premium, e deve ser pago à parte, é obviamente uma excelente ideia para a indústria. É uma semente que tem tudo para dar muitas e boas flores num futuro que não está assim tão longe quanto isso.

Especialmente porque no lado dos custos, pouco ou nada vai mudar para a indústria. Porém, é terrível para o consumidor, que até aqui sempre teve acesso a muito e bom conteúdo 4K. Mas, do nada, a coisa parece querer mudar para algo mais complexo, mais feio, e claro, mais caro.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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