Já alguma vez pensou que alguém o pode estar a espiar num quarto de hotel? Foi exatamente isto que aconteceu com cerca de 1600 hóspedes em 42 quartos na Coreia do Sul. No entanto, o problema foi bem mais grave. É que não foram só filmados. Tudo foi também transmitido em direto para a Internet.
Os hóspedes não tinham a mÃnima ideia do que se estava a passar
A polÃcia de Seul informou que interrogou quatro pessoas e prendeu outras duas por instalarem pequenas câmaras de espionagem em tomadas elétricas, TVs, secadores de cabelo e outros locais em 30 motéis de 10 cidades coreanas. Com apenas 1 mm, as câmaras eram difÃceis de detectar. Para além disso, alguém pode ter pensado que faziam parte dos dispositivos. Para já não há quais provas de que os motéis estivessem envolvidos nos crimes.
As filmagens aos hóspedes ocorreram entre 24 de novembro de 2018 e 2 de março deste ano.
As imagens dos convidados foram transmitidas ao vivo para um site, que não foi revelado.
Tinha mais de 4000 membros, 97 dos quais pagavam uma taxa mensal de 49 dólares para acederem a funcionalidades extra como a hipótese de verem para trás. Estes vÃdeos renderam mais de 6200 dólares a quem administra o site.
Agora, os prevaricadores enfrentam até cinco anos de prisão e uma multa de 30 milhões de wons, ou 23 milhões de Euros.
“A polÃcia combate fortemente os criminosos que publicam e partilham vÃdeos ilegais, uma vez que eles prejudicam gravemente a dignidade humana”, afirmou um funcionário da unidade de investigação informática da Agência de PolÃcia Metropolitana de Seul, através do jornal Herald Coreano.
“Houve um caso semelhante no passado, onde foram instaladas câmaras em hotéis de modo a vigiar as pessoas de forma consistente e secreta. No entanto, esta é a primeira vez em que a polÃcia encontra vÃdeos a ser transmitidos em directo pela Internet.
Filmar secretamente as pessoas é um problema crescente na Coreia do Sul. Houve mais de 6.400 casos reportados à polÃcia em 2017, contra cerca de 2.400 cinco anos anteriores.
No entanto, apenas 2% dos responsáveis ​​foram enviados para a cadeia.
Os incidentes levaram milhares de mulheres a protestar contra esta prática nas ruas de Seul no ano passado. Na prática, exigem medidas mais duras contra as filmagens, através do slogan “a minha vida não é sua pornografia”.
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